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Artista norte-americano cria versão diabólica de princesas da Disney

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Ultimamente, as princesas da Disney estão em pauta e ganhando diversas versões. O trabalho da fotógrafa Dina Goldstein ficou conhecido ao retratar o triste fim das heroínas. A ilustradora australiana Amy Mebberson também mostrou as princesas em estilo pin-up. Já o ilustrador Curt Rapala deu um ar mais sedutor para as personagens.
Agora, o último artista a criar versões inusitadas das tão conhecidas princesas da Disney foi o designer e cartunista norte-americano, Jeffrey Thomas. Nem pin-ups e muito menos sexies, as ilustrações de Jeff mostram princesas diabólicas e “do mal”. Confira todas as imagens ao lado.

Fonte: UOL
Via: www.adonainews.com.br

Evangélicos lideram as doações, segundo o IBGE

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Dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2002 e 2003, mostraram que as famílias que têm como principal membro um praticante da religião espírita têm rendimento médio mensal de R$ 3,796 mil – valor 2,9 vezes maior que o rendimento médio dos evangélicos pentecostais, de R$ 1.271, que têm o menor rendimento. Ainda assim, a proporção entre o ganho e o volume gasto com doações, pagamento de pensões, mesadas e dízimos, na classificação de outras despesas correntes, é muito maior entre os evangélicos: de 21,4% entre os pentecostais (R$ 22,79), chegando a 34% em outras correntes evangélicas (R$ 59,16). Entre os espíritas, esta participação é de 8,2% (42,58).
Os dados divulgados nesta quarta-feira também mostraram que a maior parte das famílias brasileiras se dizem católicas: 74%. Nas famílias em que o chefe se classifica como seguidor da religião, o rendimento médio é de R$ 1.790 por mês, sendo que as doações, pensões, mesadas e dízimos representam 12,6% de seus gastos.
As famílias em que os chefes se diziam espíritas representavam 2% do total. Os evangélicos eram 17%.

A pesquisa foi feita durante um período de 12 meses, durante os quais os técnicos visitaram 60.511 domicílios em todo o Brasil, pesquisando dados de 48.470 residências. Em cada uma delas, os técnicos do IBGE observaram o comportamento familiar por um período de nove dias.

Fonte: Globo

Lula institui dia da ‘Marcha para Jesus’

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Dilma Rousseff e casal Hernandes participam de cerimônia; publico evangélico representa 15% do eleitorado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira, 3, o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Participaram da cerimônia, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o presidente da Câmara, Michel Temer, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, estavam presentes no evento.
O projeto marca um novo lance nos esforços de Lula para se aproximar do público evangélico, que, segundo estimativas, representa 15% do eleitorado.
Segundo Crivella, a lei que cria a Marcha para Jesus apenas oficializa uma comemoração que já ocorre regularmente em caráter informal em várias cidades brasileiras.
A solenidade contou com a participação de representantes de várias igrejas evangélicas, inclusive dos bispos Estevam e Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo. O casal voltou ao Brasil no começo de agosto, depois de um período de dois anos e seis meses de prisão e liberdade condicional nos Estados Unidos. Eles foram condenados após tentar entrar no país com US$ 56 mil não declarados.
Oração
Antes do início da cerimônia, Estevam Hernandes fez questão de puxar uma oração pela saúde da ministra Dilma, que deu entrevista nesta quinta-feira dizendo que está curada do câncer linfático. Dilma é a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2010.
De acordo com as informações da Presidência, a Marcha para Jesus teve origem em Londres e hoje ocorre em diversos países.
“Oramos por ela, pela família dela e pela saúde dela”, disse Estevam ao deixar a sala de cerimônias do CCBB, atual sede do governo.
Após a bênção à ministra, o casal Hernandes convidou Dilma para participar, no dia 2 de novembro, em São Paulo, da Marcha para Jesus, quando pretende reunir pelo menos quatro milhões de pessoas. “Ela disse que, se for possível, estará sim presente”, contou Hernandes, que não quis falar em apoio à candidatura da petista às eleições presidenciais de 2010. “É muito cedo para falar em apoio a candidatos”, respondeu.

Fonte: Estadão

Carrie Prejean processa a organização Miss California USA por “discriminação religiosa” porque ela defendeu o casamento tradicional

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A próxima disputa para a organização Miss California USA e seus diretores tem uma localização nova e incomum: o Superior Tribunal da Califórnia. A destronada Miss Califórnia, Carrie Prejean, decidiu finalmente processar o grupo K2 Productions, que é dono da franquia Miss California USA, e seus diretores, os quais ela diz que a difamaram e discriminaram porque ela apoiou publicamente o casamento tradicional.
O blog Big Hollywood e o site TMZ.com relatam que Prejean entrou com a ação na segunda-feira no Superior Tribunal de Los Angeles acusando os diretores de K2 Productions, Keith Lewis e Shanna Moakler, e o agente de relações públicas Roger Neal, de tomarem parte em difamação de caráter, discriminação religiosa, exposição pública de fatos particulares e provocação intencional e negligente de sofrimento.
O advogado de Prejean, Charles S. LiMandri, disse para o Big Hollywood numa declaração: “Durante os dois meses passados trabalhamos muito para fornecer evidências decisivas de que Carrie Prejean não violou seu contrato com Miss California USA e não mereceu sofrer a revogação de seu título por parte de Keith Lewis.
“Defenderemos a posição de que o título dela lhe foi tirado unicamente por causa do apoio dela ao casamento tradicional. Keith Lewis se negou a limpar o bom nome dela ou até mesmo a admitir que houve alguma injustiça.
De acordo com TMZ, a ação legal alega que Lewis, o diretor executivo de K2 Productions, e Shanna Moakler, a ex-diretora do concurso de beleza Miss Califórnia, conspiraram juntos para remover de Prejean seu título de Miss Califórnia depois que Prejean publicamente reafirmou que acredita que o casamento é a união de um homem e uma mulher.
Depois do concurso Miss Califórnia, Lewis e Moakler rapidamente se uniram para denunciar a resposta de Prejean defendendo o casamento.
A ação legal de Prejean alega que Lewis e Moakler “fabricaram uma lista fraudulenta de umas 50 apresentações públicas que alegadamente Prejean deixou de fazer. Eles divulgaram essa lista para os meios de comunicação a fim de justificar o fim dela como Miss California USA”.
No entanto, Lewis acusou que Prejean foi despedida por legítimas quebras de contrato e não pelas opiniões dela acerca do “casamento” de mesmo sexo. Ele sustenta que Prejean está aplicando um golpe publicitário ao afirmar que K2 Productions a perseguiu por causa da posição dela sobre casamento.
Contudo, Donald Trump, dono de Miss USA/Miss Universe não foi mencionado na ação legal. Prejean declarou no passado que ela mantém sua admiração e respeito por Trump, muito embora Trump finalmente concordasse com o pedido de K2 Productions de despedir Prejean.
Prejean entrou num mundo de controvérsia em 19 de abril de 2009 quando declarou crer que o casamento deve ser “entre um homem e uma mulher” em resposta a uma pergunta do homossexual Perez Hilton, jurado no concurso de beleza. A resposta de Prejean parece ter lhe custado a coroa de Miss EUA, o que Hilton confirmou. Hilton lançou selvagens ataques públicos contra Prejean chamando-a de “vadia burra” e disse que se a resposta dela tivesse sido diferente do que ele chamou de “a pior resposta da história de concursos de beleza”, Prejean teria sido Miss EUA.
Nas semanas posteriores, Prejean se tornou o assunto de uma campanha difamatória em que fotos picantes de uma sessão de modelos tiradas na adolescência de Prejean foram postadas em sites de fofocas de celebridades, e boatos sem provas circulados nos meios de comunicação de que a mãe de Prejean havia se envolvido num relacionamento lésbico.

Por sua parte, a ex-ganhadora de concurso de beleza declarou que a lição mais importante que ela aprendeu é que “nada é mais importante do que ser fiel ao que cremos, não importa qual seja o preço”. Prejean usou a oportunidade para defender o casamento tradicional com a Organização Nacional em Defesa do Casamento. A organização destacou Prejean e sua resposta a Hilton num anúncio comercial chamado “No Offense (Sem Ofensas; veja a cobertura aqui.)”, que argumenta que o modo como Prejean foi tratada é um prenúncio do que está para vir se os ativistas homossexuais tiverem êxito na erradicação do verdadeiro casamento.
Fonte: Julio Severo

Câmara dos Deputados aprova criação do Dia Nacional do Evangélico

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Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira, 26, o Projeto de Lei 3541/08, do deputado Cleber Verde (foto), do PRB-MA, que institui o Dia Nacional do Evangélico em 30 de novembro de cada ano.
O projeto não impõe um feriado nessa data. Atualmente, o Distrito Federal e o Amapá consideram a data como feriado.

Aprovado em caráter conclusivo, o projeto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso de 51 deputados para que seja votado pelo Plenário.

Segundo o autor, o objetivo é homenagear esse segmento, que vem crescendo substancialmente em todo o País. “De acordo com pesquisas do IBGE, os evangélicos representam hoje 20,3% da população brasileira. Esse percentual corresponde a mais de 34 milhões de pessoas”, afirma. Citando reportagem da revista Veja, ele afirma que o país mais católico do mundo está cada vez mais evangélico.

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), comemorou a aprovação e ressaltou que não haverá feriado nessa data, mas um dia para celebrar a espiritualidade de uma parte importante dos brasileiros.

Alteração

O projeto também colocava a data no calendário oficial do Congresso Nacional, quando não haveria votações, apenas homenagens à religião evangélica. Após debate na comissão, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) considerou inconstitucional a medida e a retirou do projeto.

Íntegra da proposta:
– PL-3541/2008

Fonte: Agência Câmara

The New York Times: Evangélicos investem na teologia da riqueza nos EUA

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Commensagens tranquilizadora para muita gente nos tempos de crise eafirmando que a recessão não deve servir de pretexto para restringir odízimo, os pregadores do “evangelho da prosperidade” atraem umaaudiência considerável e adoradora nos Estados Unidos.
No palco, diante de milhares de fiéis assolados por dívidas edificuldades econômicas, Kenneth e Gloria Copeland, junto a outrospregadores do “evangelho da prosperidade”, deleitavam a multidão comhistórias das vidas luxuosas que alcançaram seguindo a palavra de Deus.
Jatinhos e lanchas. Uma moto enviada por um apoiador anônimo. Fériasno Havaí e cruzeiros no Alasca. Bolsas de grife. Um anel de esmeraldase diamantes. “Deus sabe onde o dinheiro está e Ele sabe como levar odinheiro até você”, pregava Gloria, vestida como alta executiva.
Os pregadores do “evangelho da prosperidade” atraem uma audiênciaconsiderável e adoradora. Sua mensagem —se você tiver fé suficiente emDeus e na Bíblia e doar com generosidade, Deus irá multiplicar suasoferendas por cem— é tranquilizadora para muita gente nestes tempos decrise.
Os pregadores mal admitiram que há uma recessão, embora dissessemque isso não serve de pretexto para restringir o dízimo. “O medo lhesdeixará sovinas”, disse Copeland.
Mas as sacolinhas voltaram mais vazias do que em anos prévios, segundo antigos frequentadores.
A multidão de mais de 9.000 pessoas era multirracial, vinda de 48Estados dos EUA e 27 países. O ministério do casal Copeland, cuja rendaanual é de cerca de US$ 100 milhões, é transmitido para 134 países.
Muitos neste rebanho não confiam nos bancos, na imprensa ou emWashington, onde o Comitê de Finanças do Senado norte-americano estáinvestigando se os Copelands e outros evangelistas da prosperidadeusaram doações para enriquecer e abusaram da sua isenção fiscal. Masconfiam no casal Copeland, que parece encarnar a prosperidade com suariqueza robusta e abundância e filhos e netos que os seguiram no seuministério.
“Se Deus fez isso por eles, também fará por nós”, disse EdwigeNdoudi, que viajou neste mês com o marido e seus três filhos do Canadápara a Convenção de Crentes do Sudoeste dos EUA, onde os Copelands eoutros se revezaram pregando por cinco dias, dez horas por dia, noCentro de Convenções de Fort Worth, no Texas.
“O pessoal que está vindo não é pobre”, disse Jonathan Walton,professor de religião da Universidade da Califórnia em Riverside, quejá escreveu sobre o movimento e foi lá fazer pesquisas. “Eles residemnaquela nebulosa categoria entre a classe operária e a classe média.”
Stephen Biellier, caminhoneiro de Mount Vernon, no Estado doMissouri, disse que ele e sua mulher, Millie, foram à convenção rezandopara que este seja “o ano da superação”. Eles têm dívidas que alcançamos US$ 102 mil, segundo Millie.
Marido e mulher afirmam que os Copelands os resgataram da falênciahá 23 anos, quando compraram seu primeiro caminhão com juros anuais de22% e tiveram de reconstruir o motor duas vezes em um ano.
Naquela época, Millie viu o pastor Copeland na televisão e começou alhe enviar 50 centavos de dólar por semana. “Teríamos falido seCopeland não estivesse rezando por nós todos os dias”, afirmou.
Os Bielliers estão entre as 386 mil pessoas de todo o mundo a quemos Copelands chamam de “parceiros”. A maioria manda contribuições emerece preces especiais dos Copelands.
Mas o professor Walton qualificou os pregadores da prosperidade como“batedores de carteira espirituais”. “Minimizar e ignorar as durasrealidades desta crise econômica está além de irresponsável, a ponto deser repreensível”, disse.
O casal Copeland não quis dar entrevistas, mas uma de suas filhas,Kellie Copeland Swisher, e seu marido, Steve Swisher, falaram em seunome. Kellie disse que o ministério doa “um mínimo de 10% do que entra”para outras obras beneficentes.
A comissão do Senado americano, em sua investigação tributária,solicitou documentos do ministério religioso. O ministério resistiu ementregá-los, disse Kellie, porque os Copelands não querem revelarpublicamente os nomes dos “parceiros”.
Ela afirmou que, mesmo em meio à crise econômica, a renda doministério durante os preparativos para a convenção subiu 3% em relaçãoao ano passado. Questionada sobre se os Copelands haviam ajustado amensagem de acordo com o cenário econômico sombrio, Kellie respondeu:“A mensagem que eles pregam é a palavra de Deus. A palavra não muda”.
Na convenção, os pregadores salpicavam seus sermões com farpas aogoverno dos Estados Unidos, à imprensa e a outras Igrejas, muitas dasquais condenam a pregação da prosperidade. A maioria dos pregadores seempenhava em lembrar aos fiéis de que eles são escolhidos de Deus.“Enquanto todo o resto está passando fome”, disse o tele-evangelistatexano Jerry Savelle, “Seu povo da aliança terá o melhor dos tempos”.
“A qualquer momento que um pensamento preocupado a respeito dodinheiro pipocar em sua mente”, prosseguiu Savelle, “a próxima coisa afazer é semear”: despejar dinheiro, como sementes, no “solo bom”, comoos ministérios dos pregadores. “Esse é o pacote de estímulo divino paravocês”, disse.
Ouvindo isso, centenas de pessoas tomaram os corredores em direçãoao palco, deixando envelopes, notas e moedas nos degraus acarpetados.
Fonte: The New York Times
Via: www.adonainews.com.br

Religião e Ciência: Conflito ou Harmonia?

>Algunsdos principais jornalistas dos Estados Unidos se reuniram no estado daFlórida para uma Conferência sobre religião, política e vida pública.

Francis Collins, ex-diretor do Projeto Genoma Humano, discutiuporque ele acredita que a religião e a ciência são compatíveis e porque o conflito atual sobre a evolução versus Fé, particularmente nacomunidade evangélica, é desnecessário. Collins, um cristão evangélico,falou sobre o seu caminho do ateísmo ao Cristianismo e sua crença deque a ciência fornece a evidência de Deus. Ele citou a teoria do BigBang e do fato de que o universo teve um começo de nada. Eleacrescentou que as leis da física têm exatamente os valores necessáriospara a vida acontecer na terra, e argumentou que parece apontar para umcriador.
Barbara Hagerty que representa a Rádio Pública Nacional, discutiucomo o cérebro reage às experiências espirituais. Ela falou sobre oatual debate sobre se as experiências transcendentes são apenas eventosfisiológicos, ou se elas refletem o encontro com uma outra dimensão(dimensão espiritual). Hagerty disse que acredita que “Deus é umaescolha”, que as pessoas podem olhar para as evidências científicas econcluir que tudo é explicado por meios materiais ou então podem olharpara o universo e ver a mão de Deus em todas as coisas.
Fonte Fórum Religioso

Via: www.adonainews.com.br

Roqueiros, surfistas, lutadores e afins são o novo fenômeno evangélico

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No Brasil, a tradição da fé católica perdurou e, até o século XIX, era a única reconhecida oficialmente. Naquela época, quem não era católico não podia trabalhar para o Estado. Entretanto, os outros cultos eram permitidos, desde que não fossem praticados dentro de edificações cujas arquiteturas lembrassem uma igreja.
Atualmente, com o crescimento dos evangélicos no país, surgem templos para as mais diferentes tribos urbanas, que vão dos adeptos do heavy metal aos lutadores de jiu jitsu e surfistas. São igrejas voltadas para públicos que se diferenciam pelo visual, como tatuagens e o uso de piercings. Uma aparência que, muitas vezes, incomoda o conservadorismo presente no catolicismo e nas tradicionais denominações evangélicas.
De acordo com a antropóloga e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Léa Freitas Perez, o surgimento dessas novas igrejas é uma expressão religiosa de um fenômeno cultural contemporâneo. É o chamado pluralismo da religião. “A religião, como qualquer outro elemento da cultura, precisa se adaptar ao tempo. Isso é importante para o fortalecimento da crença. As igrejas tradicionais perdem fiéis porque não se adaptam às mudanças do tempo”, explica.

O fato de compartilharem da mesma fé e gostarem de rock’n roll, usarem roupas pretas e terem cabelos grandes foi um dos motivos que levou um grupo de jovens a criarem sua própria igreja: a Caverna de Adulão, que, desde 1992, funciona em Belo Horizonte. “A caverna surgiu da necessidade de se compartilhar a mensagem do evangelho com uma geração de jovens que era rejeitada nas igrejas oficiais por questões culturais”, explica o pastor Geraldo Luiz da Silva.
É entre os evangélicos que surgem as propostas de igrejas flexíveis. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma prancha de surfe virou púlpito para uma igreja descolada: a Bola de Neve, criada inicialmente para os surfistas. Em Fortaleza, há cerca de um ano, a Igreja Evangélica Congregacional desenvolve um projeto com alunos de jiu jitsu. No local, os jovens “Lutadores de Cristo” oram, sobem no tatame para lutar e assistem à pregação do pastor.
“Essa foi a maneira que encontramos para alcançar os jovens que nunca entraram em uma igreja. Aqui pregamos a paz, e uma das nossas regras de conduta é não se envolver em brigas nas ruas”, diz o coordenador do projeto, lutador e seminarista Elder Pinto.
A diversidade de igrejas mostra que a religiosidade é nômade. “As igrejas que mais têm sucesso são aquelas receptivas, festivas, que não exigem uma exclusividade dos fiéis”, diz a antropóloga Léa Perez.
Caverna de Adulão: Bateria, baixo, tatuagens, piercings e muito amor a Deus
Cânticos em ritmo de rock, ao som de bateria e baixo, dão início ao culto na igreja Caverna de Adulão. Aos poucos, os jovens e casais com tatuagens no corpo, piercing no nariz e alargadores de orelha começam a chegar. Com uma linguagem informal, o pastor Magno Vieira começa a pregação do Evangelho. “É o maior barato a vida com Jesus. Sabemos que erramos, somos vacilões, mas estamos aqui para perdir perdão”, diz.
A reunião da comunidade cristã é realizada nas noites de quarta-feira e domingo na rua Aimorés, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Há 17 anos, o historiador e tatuador Giordano Augusto Toniolo, 29, se tornou um frequentador assíduo da Caverna de Adulão. “Eu me converti muito cedo, aos 8 anos de idade. Comecei a frequentar a caverna junto com meus irmãos, em 1992. Aqui, aprendi que o importante para Deus é o nosso interior, e não o visual que temos”, afirma.
Para Toniolo, o grande diferencial da comunidade é a simplicidade no relacionamento com o próximo, sem discriminação. “Todos são recebidos de braços abertos, desde skinheads até travestis”, ressalta.
Entre o público que frequenta a Caverna de Adulão, além dos adeptos do heavy metal, estão homens e mulheres sem o visual estereotipado. “Não estamos preocupados com costumes. As pessoas só precisam mudar seu coração e não o jeito de vestir para estar perto de Jesus”, diz o pastor Vieira.
Bola de Neve: Avalanche de surfistas leva o Evangelho aos quatro cantos
Na Igreja Bola de Neve, com sede em São Paulo, a prancha de surfe virou marca registrada. Em um altar despojado, ela serve de púlpito para a Bíblia. A comunidade foi criada há dez anos pelo surfista Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, 37, que se tornou evangélico após contrair hepatite, em 1992.
“O púlpito em forma de prancha foi algo que aconteceu por acaso. Os nossos primeiros encontros eram realizados no salão de uma loja de materiais para surfistas. Não tínhamos uma mesa para colocar a Bíblia e improvisamos uma prancha”, explica Seixas, que hoje também é pastor.
De acordo ele, a igreja surgiu com o objetivo de aproximar os jovens da religião. Hoje, o cultos na comunidade são embalados com músicas de louvor em ritmo de reggae e rock. “A Bola de Neve leva a mensagem do Evangelho de uma forma descontraída. Aqui, a palavra de Deus é pregada para um público alternativo, com uma linguagem mais informal. Esse é o nosso grande diferencial”, diz.
Atualmente, a Bola de Neve paulistana realiza cinco cultos por semana e reúne um público de 2.500 pessoas, de 20 a 35 anos, entre surfistas, jogadores de futebol e adeptos de outros esportes.
E a aceitação da igreja tem crescido. Hoje, ela está em sete países, além do Brasil: Austrália, Peru, Índia, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Espanha. Em todos, conforme Seixas, um dos princípios é levar a palavra do Evangelho a todas as pessoas, sem discriminação de cor ou classe social.

Fonte: O Tempo

Guerra das Emissoras: Record contra-ataca Rede Globo

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Durante cerca de 15 minutos, o Jornal da Record rebateu as denúncias, destacou os trabalhos sociais da Igreja, mas concentrou a artilharia contra a rival. Também recorrendo a imagens de arquivo, vinculou a Globo à ditadura militar e aos escândalos Time-Life e Proconsult. Declarações do ex-governador Leonel Brizola contra a Globo foram postas no ar, sem excluir a célebre leitura do direito de resposta do líder trabalhista, na voz grave do ex-apresentador do JN Cid Moreira. Mais adiante, entrevistas com políticos “perseguidos” pela emissora carioca, entre eles o ex-ministro da Saúde Alceni Guerra.

Na edição desta quarta, o JN avançou a cobertura, com detalhes da denúncia do Ministério Público, que investigou o uso do dízimo de fiéis para comprar empresas de comunicação e as conclusões do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Controlada pela Iurd, a Record questionou o vazamento de documentos sigilosos do processo para a Globo. Em narração, o telejornal defendeu a origem do dinheiro e criticou o tratamento dispensado a Macedo, líder da igreja presente em 174 países. “O que motivou os ataques à Rede Record?”, indagou-se. Na sequência, a resposta: o “Ibope” crescente das novelas, da cobertura dos eventos esportivos e do reality show “A Fazenda”. “Ele é um homem fiel a Deus”, disse uma seguidora da Universal, referindo-se a Edir Macedo, no bloco de reportagens relacionadas aos trabalhos de base da Igreja. Por ironia, o telejornal foi apresentado por dois ex-globais, Ana Paula Padrão e Celso Freitas. Fonte: Terra