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Pastor Ricardo Gondim fala sobre suas polêmicas e responde as acusações de “herege” e “mundano”

Fim de culto na Betesda. A igreja ocupa um imenso galpão na zona sul de São Paulo. Ricardo Gondim chama um dos pastores para fazer a oração final e deixa a plataforma a passos rápidos enquanto a congregação está de olhos fechados. No entanto, em vez da saída à francesa, ele opta pela “versão Ceará”, postando-se à porta do templo para cumprimentar as pessoas. Tudo como manda o mais autêntico figurino presbiteriano. Posa para fotos, autografa livros e distribui sorrisos e abraços para aos que se comprimem à sua volta.

Para desapontamento de inúmeros desafetos, o escritor e pastor parece revestido de uma espécie de couraça contra os rótulos que lhe são atirados com freqüência. “Arrogante”, “herege”, “polêmico” e “mundano” são apenas alguns, digamos, publicáveis. Após receber muitos protestos sobre as supostas heresias defendidas por seu articulista, a revista evangélica Ultimato se pronunciou no ano passado (edição 308) usando dois adjetivos sobre os textos de Gondim: “Apreciados” e “saudáveis”.

Um rápido exame nas dezenas de textos de seu visitadíssimo site já é suficiente para identificar algumas preferências pouco (ou nada) ortodoxas para um líder pentecostal. De Vinicius de Moraes a Lenine, a lista para lá de eclética inclui nomes como Almodóvar, Rubem Alves e Simone Weil. Com o fôlego de quem correu onze maratonas e dezesseis vezes a São Silvestre, Gondim revela que a corrida funciona como espécie de exorcismo para ele e para os amigos que o acompanham. “Após vários quilômetros percorridos, costumamos dizer que suamos vários demônios”, graceja.

Confira abaixo a entrevista concedida à revista Cristianismo Hoje

Agora em maio, duas grandes catástrofes – o ciclone em Mianmar e o terremoto na China – assustaram o mundo e novamente levaram os crentes a pensar sobre as razões do sofrimento humano. Como o senhor, que na época do tsunami ocorrido na mesma Ásia em 2004 causou polêmica com um artigo sobre as tragédias, analisa a questão do sofrimento humano diante da existência de um Deus que se apresenta ao homem como pleno de amor?

RICARDO GONDIM – Discordo da explicação fundamentalista de que “todas as tragédias são provocadas pelo pecado original”. É um simplismo cruel e inútil. Como escrevi inúmeras vezes, não consigo acreditar numa divindade que tudo ordena e orquestra. Em Os irmãos Karamazov, de Dostoievski, Ivan diz num certo momento: “Há uma coisa no Universo que clama: o choro de uma criança”. O Deus da Bíblia não é sádico de provocar a morte de milhares de vidas. Exatamente pelo fato de Deus ser amor, ele possibilita a felicidade e a infelicidade. Nossas escolhas, decisões e articulações sociais interferem nos resultados. Ao mesmo tempo, a vida é trágica e feliz. Deus é sempre parceiro do homem nessa busca de tornar a vida mais intensa e prazerosa. Como afirma André Comte-Sponville, “somos os únicos seres do Universo que podem humanizar ou desumanizar”.

Na época do tsunami, teólogos se insurgiram contra alguns de seus textos, desfiando uma série de argumentos. Hoje, o senhor é mestrando em ciências da religião na Universidade Metodista. É importante estudar teologia?

Depende de como você entende a teologia. Deus não pode ser dissecado. Como disse Paul Tillich, “Deus está além de Deus”. Entendo teologia como o estudo e a maneira como organizamos nossa vida a partir da compreensão que temos de Deus, ou, lembrando Rudolf Otto, do nosso “encontro com o sagrado”.

Mesmo entre as pessoas que não professam nenhuma religião, a sucessão de fatos trágicos e de episódios de crueldade humana explícita, como o assassinato da menina Isabella Nardoni, sugerem que algo muito grave e de contornos ainda indefinidos esteja acontecendo. O atual recrudescimento da brutalidade humana aponta a proximidade dos eventos escatológicos bíblicos ou são apenas novas expressões de um quadro que sempre houve?

Todos esses fatos recentes são apenas expressões de algo que sempre aconteceu. Repare que, ao longo da história, foram comuns perseguições contra judeus, hereges, escravos… A própria Reforma Protestante foi um episódio violento. Em Casa grande & senzala,Gilberto Freyre discorre sobre o que algumas senhoras faziam por ciúme da beleza das escravas. Quebravam-lhe os dentes com chutes ou mandavam-lhes cortar os peitos. De certa maneira, creio que o que aumentou foi o nível de intolerância social à brutalidade – por isso a comoção e a revolta provocadas por esses episódios.

Quando foi a última vez que o senhor chorou?

Na semana passada, durante reportagem na TV sobre o terremoto da China. Depois de quatro dias, conseguiram resgatar uma criança com vida. Um pai tentou invadir a ambulância ao imaginar que era seu filho. Chorei ao ver o desespero daquele homem.

Quais são as principais diferenças entre o Ricardo Gondim de hoje e aquele que começou o ministério há três décadas?

Eu era um homem com um idealismo ingênuo. Não sabia diferenciar ilusão e encantamento. Ilusão é baseada em fantasias; já o encantamento nasce da observação da realidade. Continuo encantado com o Evangelho, com “E” maiúsculo.

Então, quem é Ricardo Gondim?

Um homem introspectivo e nostálgico. Gosto de ambientes intimistas e tenho profunda necessidade de estabelecer relacionamentos significativos, sem trocas ou quaisquer tipos de interesses.

Nos últimos cinco anos, o senhor tem se notabilizado como um crítico do segmento evangélico. Iniciativas como o blog Outro Deus e a maciça produção de textos nesta linha têm marcado seu ministério. Até que ponto isto se confronta ou complementa sua atuação pastoral?

Comecei a escrever pelo fascínio da própria literatura, cuja excelência intrínseca é maior que a da oralidade. Esse exercício adensa pensamentos e complementa idéias que surgiram nas mensagens. Todas as semanas posto textos inéditos e meu site recebe cerca de 1.400 visitantes por dia e mais de 1,5 mil e-mails por mês.

Em seus pronunciamentos recentes, o senhor revela a vontade de afastar-se de tudo e chega a sugerir que as pessoas não compareçam sequer aos eventos que promove. No entanto, o senhor continua participando e promovendo eventos destinados ao público evangélico e permanece na direção da Betesda – uma igreja com corte social de classe média urbana, presença na mídia e atuação institucionalizada, como tantas outras denominações cuja existência legitimam suas críticas. Não é um paradoxo?

É preciso definir os acampamentos. Há um movimento evangélico que mostra ter exaurido as forças. Alguns sinais dessa exaustão são a falência ética e as campanhas constantes para trazer pessoas à igreja. Para mim, agenda cheia demonstra fraqueza. Para fidelizar o público, há gente buscando atrações cada vez mais fantásticas. No caso da Betesda, é explícita a posição de não repetir modelos falidos e teologias engessadas da década de quarenta. O que faço hoje são eventos voltados para a própria igreja. Recentemente, decidi suspender o Congresso de Reflexão e Espiritualidade, voltado basicamente para pastores, que acontece há vários anos. E não compactuo com nenhum messianismo do tipo “impactar a nação por meio de eventos”.

Falar de gigantismo e inchaço da Igreja brasileira tornou-se atitude recorrente nos últimos 20 anos, período no qual a população evangélica do país quase triplicou. Quais são, na sua opinião, os efeitos de tal avanço? Existem premissas equivocadas na tradição evangélica e na práxis desta Igreja?

Alguns efeitos são perigosíssimos. A Igreja passou a ser vista como outra força, entrando na disputa de poder. O crescimento acentuado enfraqueceu o zelo pelo conteúdo da mensagem. Isso promoveu sentimentos de ufanismo e triunfalismo desmedidos. Mas não ocorreu avivamento. O que aconteceu foi uma confluência de fatores sociológicos que explicam o crescimento do rebanho. Não é necessário enfatizar princípios espirituais para explicar o aumento do número de evangélicos.

O movimento da Igreja emergente, que tem ganhado força nos EUA, começa a influenciar lideranças no Brasil. Qual é o seu posicionamento acerca dele?

Depois de muitos anos de crescimento do fundamentalismo, nomes como Brian McLaren, Rob Bell e o próprio Phillip Yancey representam um certo ar fresco na ambiência evangélica dos Estados Unidos. Ainda assim, vejo o movimento como algo norte-americano, sem diálogo com outras tradições cristãs ao redor do mundo.

A dinâmica dos grupos pequenos cresce no contexto do Evangelho urbano. Eles vão representar necessariamente a extinção das grandes igrejas?

O futuro mais lúcido da Igreja Evangélica está nos pequenos grupos. As instituições não vão acabar; porém, não serão solo fértil para as grandes inovações. Enquanto as grandes igrejas repetem clichês, pessoas reunidas em grupos menores vão experimentar o enriquecimento da alma.

Quais foram os motivos da recente divisão ocorrida na Igreja Betesda, cujo núcleo em Fortaleza, no Ceará, desligou-se da sede em São Paulo?

Não houve desligamento de São Paulo. O que aconteceu foi uma divisão dentro da Betesda de Fortaleza. Um grupo alegou que minhas propostas teológicas eram “incompatíveis”. No entanto, na realidade tratava-se apenas de disputa interna de poder. Na época, a igreja perdeu alguns líderes e cerca de 40% dos membros.

Igrejas pentecostais como a Assembléia de Deus, à qual o senhor foi ligado, foram durante muito tempo estigmatizadas devido ao perfil de sua membresia, prioritariamente formada por pessoas dos estratos sociais mais populares. De acordo com sua observação, essa visão ainda persiste?

Um dos fenômenos comprovados em relação aos pentecostais foi a ascensão social do segmento. Obviamente, isso trouxe benefícios e problemas. A produção teológica e literária é um fator positivo. Por outro lado, muitas pessoas passaram a se comportar como os demais estratos da população, supervalorizando o status e outros sinais de riqueza. Daí para a teologia da prosperidade pregada pelos neopentecostais a distância foi curta.

“Ao tentar transformar-se em ciência, a teologia só conseguiu produzir uma caricatura do discurso racional, porque essas verdades não se prestam à demonstração científica.” As palavras são de Karen Armstrong, autora do livro Em nome de Deus – O fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo. Qual a face mais aguda do fundamentalismo no Cristianismo de hoje?

O fundamentalismo confunde fé com aceitação de conceitos doutrinários. Seus defensores acreditam numa verdade que pode ser totalmente abraçada a partir de certas lógicas. Crêem chegar a uma verdade plena, fechando-se ao diálogo.

Quem são, hoje, as lideranças e pensadores que influenciam sua atuação ministerial?

Além da ala “emergente” (Bell, McLaren), tenho lido autores católicos latino-americanos, como Juan Luis Segundo. Gosto bastante também das obras do espanhol Andrés Torres Queiruga, além de teólogos judeus como Jonathan Sacks e Abraham Heschel.

Ideologicamente, como o senhor se define?

Sou um pensador independente, de esquerda. Não acredito no neoliberalismo capitalista. Ele produz os excluídos. O Evangelho defende os pobres e os marginalizados.

O senhor é um autor bastante apreciado pelos crentes brasileiros. Qual sua opinião sobre a literatura evangélica em nosso país?

A produção literária evangélica é deficiente. A razão é o freio dogmático que gera pessoas mais preocupadas com a defesa da fé do que em produzir literatura.

Quais os autores que mais o influenciam?

Entre vários escritores que fazem parte da minha vida, posso citar José Lins do Rego, Machado de Assis, Thomas Mann e Victor Hugo. O clássico Os miseráveis é uma das minhas obras favoritas.

Lançado em 1998, É proibido é um de seus livros mais vendidos. Dez anos depois dele, o que a Bíblia permite e a Igreja ainda proíbe?

A Igreja brasileira ainda não soube, por exemplo, lidar com a questão do álcool. Os conceitos lembrados remetem à Lei Seca dos Estados Unidos. Portugal já resolveu essa questão de forma equilibrada há muito tempo e ninguém fica escandalizado ao ver um cristão tomar vinho.

E a relação do povo evangélico com a arte, por exemplo?

É esquizofrênica e mal-resolvida. Dicotomizaram as manifestações artísticas em “sacra” e “profana” – mas não fazemos essa mesma distinção na hora de ler um texto. Em resultado disso, os cristãos sofrem empobrecimento generalizado na hora de saborear e desfrutar da vida. As expressões mais belas de uma geração estão em sua produção artística.

No ano passado, a Editora Ultimato publicou Eu creio, mas tenho dúvidas, obra que traz vários de seus artigos. Quais são suas principais dúvidas e inquietações?

Reflito com freqüência sobre a banalidade da vida. Basicamente, essas reflexões são ressonâncias do livro de Eclesiastes: nem sempre o justo prevalece, nem sempre o forte vence, nem sempre a vida faz sentido…

Em mensagem pregada recentemente, o senhor afirmou que às vezes lhe vêm à mente pessoas que o machucaram, e confessou ter mágoa de algumas delas. Como é esse sentimento?

Tenho mágoa de pessoas que lidaram comigo a partir de rótulos e preconceitos. Tenho mágoa de pessoas que foram intelectualmente desonestas comigo, tentando desconstruir meus textos sem sequer ler as referências. Tenho mágoa de pessoas que me chamaram de “herege” e “apóstata”, uma verdadeira perversidade de gente que não conhecia toda a extensão das questões em debate.

Fonte: Cristianismo Hoje / Gospel+
Via: Creio

Programa que coloca a Bíblia no celular passa dos 10 milhões de usuários

Líderes de uma das 10 maiores Igrejas nos Estados Unidos anunciaram terça feira, que o aplicativo da Bíblia YouVersion superou todas as expectativas e agora tem 10,7 milhões de usuários.

A YouVersion começou como um simples e pequeno sonho de tornar a Bíblia mais acessível e ter a geração mais jovem letrada na Bíblia. Líderes da LifeChurch.tv de Oklahoma lançaram o aplicativo de smartphone em 2008 com a esperança de que iria ter 60.000 a 80.000 usuários durante o ano.

Mas em três anos, a YouVersion explodiu a ser um dos aplicativos mais populares com 10 milhões de usuários. A cada 2,8 segundos alguém novo instala o aplicativo e durante o mesmo período 12 outras pessoas estão usando ela para ler a Bíblia.

“Podemos ser a geração que atualmente se volta e diz, ‘Nós não somente queremos expressar que nós amamos a Bíblia e pensar que a Bíblia é algo que nós podemos ler, mas nós em verdade queremos ser a geração que se incorpora a Bíblia como parte de nossas vidas,” pediu Bobby Gruenewald, líder de inovação na LifeChurch.tv, na transmissão ao vivo por internet, terça-feira.

Somente no fim de semana passado, houve mais de 100.000 downloads do aplicativo, compartilhou a equipe da YouVersion.

A LifeChurch.tv, conhecida por sua inovação e habilidade de conectar-se com a geração mais jovem, primeiramente lançou a YouVersion online para usuários em 2007. A idéia foi em resposta às estatísticas que mostraram que apesar da fácil distribuição da Bíblia e disponibilidade em muitos idiomas, cada geração está se tornando menos letrada em Bíblia. Cerca de 20.000 usuários fizeram download do programa em somente cinco meses da versão online.

Em 2008, a equipe lançou a versão móvel para fones e viram o tráfego crescer. Eles decidiram que ai é onde Deus está se movendo e pôs mais recursos atrás do desenvolvimento da YouVersion para smartphones.

A aplicação gratuita de YouVersion está agora disponível em nove diferentes plataformas e em 20 idiomas diferentes. A plataforma mais popular até o momento é o iPhone, mas o que mais cresce é o Android. Os usuários podem ler a Bíblia em sua totalidade, buscar por passagens com certos critérios, e escolher planos de leitura. Há 23 diferentes tipos de leitura que os leitores podem escolher.

Até sexta-feira, uma seção para notas de rodapé irá estar disponível na YouVersion.com. E na próxima semana, essas seções de notas estarão disponíveis nas plataformas móveis, começando com o Blackberry. O iPhone irá ser a última plataforma com uma área de notas porque o processo de aprovação leva tempo.

“O que nós podemos ver com o aplicativo e o número de pessoas falando sobre isso e compartilhando isso com outros, é que nós estamos vendo o que eu penso ser o começo de uma revolução,” disse Terry Storch, que lidera a equipe digerati na LifeChurch.tv.

Igreja dá salto no ranking da confiança

Instituição passou de 7º para 2º lugar, diz levantamento da FGV; para pesquisadora, polêmica do aborto na campanha eleitoral impulsionou índice

A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (Direito GV). Enquanto o Judiciário ficou em situação desconfortável, empatada com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos, a Igreja saltou do 7.º lugar para a segunda posição.
Para Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiançana Igreja. 

A questão foi levantada por d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da Diocese de Guarulhos. Ele mandou produzir 1 milhão de cópias do “apelo a todos os brasileiros” com recomendação expressa para que não votassem em candidato ou partido que defendesse o aborto – referência direta à Dilma Rousseff e ao PT.

Os folhetos foram confiscados pela Polícia Federal, por ordem do Tribunal Superior Eleitoral que acolheu ação do PT, mas d. Luiz não se intimidou e insistiu em sua cruzada.

“A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia”, observa Luciana. “A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença.”

A professora destaca que o tema aborto não foi citado na consulta. “A gente pede resposta de forma espontânea para dizer se a instituição é confiável ou não. Mas é evidente que é esse (o ataque ao aborto) o motivo principal do aumento significativo da confiança na Igreja.”

Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável. No segundo trimestre 34% deram essa resposta. “A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população”, assinala Luciana.

Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. “Ao mesmo tempo em que a Igreja sobe, os partidos políticos têm uma queda enorme no nível deconfiança“, ressalta a coordenadora.

Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).

O ICJ Brasil foi criado pela Direito GV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. No Distrito Federal é maior a confiança no Judiciário, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. Minas Gerais e Pernambuco são os Estados onde a população menos confia no Judiciário.

Prestígio

O Judiciário – principal objeto do estudo– ficou estável, em oitavo lugar entre dez instituições, com 33%.– O estudo mostra que 41% das pessoas já recorreram ao Judiciário e que 61% consultaram um advogado.

“A confiança no Judiciário cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados”, explica Luciana Gross. “É maior entre moradores do interior, se comparado entre moradores das capitais, e entre os homens se comparado com as mulheres. O ICJ Brasil também apurou que quem se declara negro, pardo ou indígena confia menos no Judiciário do que quem se declara branco ou amarelo.”

Apesar do pouco prestígio com a população, a Justiça, de forma geral, está melhor hoje e tende a melhorar mais no futuro, segundo a investigação da GV Direito: para 47% dos entrevistados, o Judiciário melhorou nos últimos 5 anos e para 67% ele tende a melhorar nos próximos 5 anos. Quase metade dos entrevistados (41%) declarou que já entrou com algum processo na Justiça, por questões trabalhistas, assuntos relativos ao direito do consumidor e de família.

Fonte: Estadão / Clicrbs

Ex-atriz pornô, evangélica Júlia Paes mostra filha de 2 meses

Ex-namorada de Tammy Gretchen e ex-atriz pornô, Júlia passeou com sua filha Gabriele, de 2 meses, e o marido, Gabriel, na noite da última quinta-feira, 18, em Moema, São Paulo. Júlia já tem dois filhos de um relacionamento anterior.

Júlia Paes e o marido, Gabriel, exibem a pequena Gabriele


A moça que integrou o grupo Sexy Dolls ao lado de Sabrina Boing Boing e Carol Miranda, agora é evangélica.

Com poucos anos de carreira artística, ela nunca deixou de estampar as páginas das revistas e sites de celebridades. O relacionamento dela com Thammy Gretchen rendeu um ensaio nu para uma revista erótica e muita polêmica.

Júlia e a filhinha Gabriele

Após o fim do grupo Sexy Dolls, Júlia Paes se converteu, passou a frequentar uma Igreja Evangélica e se casou, grávida de seis meses, com Gabriel Ribeiro.

Informações Ogalileo / Ego

Deus não permitirá o aquecimento global’, afirma deputado americano

“O aquecimento global não pode destruir a humanidade porque um novo dilúvio não irá matar a humanidade”, afirma deputado do Partido Republicano

 

O congressista republicano John Shimkus (Illinois) afirmou recentemente que se opõe às novas leis que visam a comercialização das emissões de carbono, pois Deus não permitirá que a Terra seja destruída pelo aquecimento global. Agora, ele poderá ser eleito presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos EUA.

Shimkus é um dos quatro republicanos que disputam o controle do comitê, responsável por supervisionar a legislação de saúde pública, qualidade do ar e saúde ambiental, o fornecimento e distribuição de energia além do comércio interestadual e estrangeiro dos EUA.

Ele não é o favorito. O provável novo presidente será 0 republicano Fred Upton (Michigan). Porém, é um dos mais experientes, pois participa do Comitê desde que foi eleito pela primeira vez para representar o Illinois, em 1997.

“Eu acredito que a Bíblia é a Palavra de Deus”, disse Shimkus ao site Politico.com. “Acredito quando leio que Deus não destruirá a Terra pelas águas.”

Durante audiência do Congresso americano, em março de 2009, no momento em que ocorria uma discussão sobre taxas de emissão de carbono, Shimkus citou o livro de Gênesis: “[Disse Deus] Nunca mais amaldiçoarei a terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância. E nunca mais destruirei todos os seres vivos como fiz desta vez. ”

“Acredito que a palavra de Deus é infalível, é assim que acontecerá com a sua criação. A Terra só vai acabar quando Deus disser que chegou a hora. O homem não vai destruir a Terra. Este planeta não será destruído por uma grande enchente. Acredito que a Palavra de Deus é infalível, imutável e perfeita”, acrescentou.

Ele também disse que a legislação sobre a emissão de carbono é o “maior ataque à democracia e à liberdade deste país” que já presenciou. Para ele, isso também prejudicaria a vida das plantas, reduzindo a quantidade de dióxido de carbono no ar.

“É o alimento das plantas”, disse Shimkus. “Então, se diminuirmos o uso de dióxido de carbono, não estamos tirando da atmosfera o alimento das plantas? … Assim sendo, todas as nossas boas intenções poderiam ser em vão. Na verdade, poderíamos fazer exatamente o oposto daquilo que as pessoas que desejam salvar o mundo estão dizendo. ”

Os deputados republicanos Joe Barton (Texas), Fred Upton (Michigan) e Cliff Stearns (Flórida) também estão buscando a presidência do Comitê de Energia e Comércio. Todos os quatro também prometeram anular as leis que reformam o sistema de saúde americano já aprovadas pelo Congresso.

Acredito que tenho as credenciais no âmbito desta comissão para fazer justiça, sem ouvir protestos do outro lado do corredor”, escreveu Shimkus. Mas em 2007, este mesmo deputado provocou uma enxurrada de críticas por comparar a guerra do Iraque a um jogo de beisebol entre o  Saint Louis Cardinals, seu time do coração, e o “desprezado” Chicago Cubs.

Seja quem for o eleito, o fato é que a regulamentação da emissão das taxas de carbonodos Estados Unidos terá um efeito em todo o planeta. No futuro, elas poderão ser determinantes no nível de aquecimento global, que influencia o derretimento das calotas polares. Se as previsões de muitos ambientalistas estiverem certas, isso poderá fazer com que a Terra seja submersa pelas águas dos oceanos.

Veja o vídeo do deputado John Shimkus dizendo: “O homem não vai destruir a Terra”, durante audiência do Congresso americano, em março de 2009.

Fonte: Raw Story. Tradução e edição: Jarbas Aragão. Todos os direitos reservados.

Criança nos EUA afirma ter ido ao céu e conversado com Jesus e outros personagens bíblicos

Experiências de quase morte são controversas. Já foram analisadas e estudadas exaustivamente, sem que haja uma palavra final sobre o assunto. Para alguns não passa de alucinação, para outros é algo profundamente espiritual.

Nos últimos dias tem se debatido muito, nos Estados Unidos, a história de Colton Burpo. Quando este filho de um pastor metodista do Nebraska tinha quatro anos (em 2003), teve uma apendicite que foi diagnosticada errada. Assim que os médicos descobriram o que havia ocorrido, ele foi submetido a uma operação de emergência. Ele não resistiu, disseram os médicos, e ele foi dado como morto.

Deitado na cama de um hospital, o menino narra que pode ver sua alma subindo até o céu. Ele descreve que viu e ouviu o que seu pai orava e o que sua mãe fazia nos corredores do hospital. Chegando ao céu, encontrou seu bisavô e conversou com a irmã mais velha que nunca conheceu, pois sua mãe teve um aborto espontâneo, assuntos que ele desconhecia até então.

Ele narra que viu e conversou com Jesus, que andava em um cavalo que somente ele podia montar. Descreveu ainda uma visão de Deus “muito grande”, sentado em uma cadeira muito alta. Depois de algum tempo no céu, tendo visões que se assemelham em muitos aspectos ao que diz o livro de Apocalipse e conversar com personagens bíblicos como João Batista, o menino voltou à Terra.

Ele reviveu e relatou tudo que experimentou ao pai, Todd, que decidiu registrar em um livro chamado “Heaven is for real” [O Céu é de verdade], lançado pela Thomas Nelson. O livro tem o prefácio de Don Piper, que também escreveu uma obra narrando como foi sua experiência no céu e que endossa o testemunho de Colton.

Este não é o primeiro livro escrito por pessoas que alegam ter visitado o céu. O que chama atenção é o fato de ser narrado por uma criança de quatro anos de idade. Segundo seu pai, muitas das coisas que ele narra não seriam possíveis para ele conhecer. Desde a história da perda da irmã no ventre materno até detalhes sobre a visão celestial que corroboram com a narrativa do apóstolo João no livro de Apocalipse.

No início desta semana o menino e o pai foram entrevistado pela rede americana Fox, no programa Fox & Friends (vídeo abaixo). O que era para ser uma simples promoção de seu livro (qua acaba de ser lançado)  se transformou quase imediatamente em uma controvérsia  nacional. Centenas de sites e blogs reproduziram a entrevista, muitos elogiaram a emissora enquanto um outro grupo fazia pesadas críticas ao que consideram uma tentativa da direita cristã de impor sua agenda e usar o menino para isso. OS detalhes fornecidos pelo jovem Burpo de que todos são jovens no céu e que os olhos de Jesus são azuis criaram controvérsia também no meio religioso. O livro já tinha passado das 100.000 cópias vendidas antes de toda essa exposição de mídia e agora certamente irá ter uma procura ainda maior.

Fonte: FoxNews / Gospel Prime
Tradução: Jarbas Aragão
Via: Pava Blog

Dados do IBGE revelam predominância do Evangelho entre afro-descendentes

A semana da consciência negra marca um momento de profunda reflexão para a religião que agrega o maior número de negros do Brasil: as Igrejas Evangélicas Pentecostais.

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 11.951.347 negros evangélicos. Desses, 8.676.997 (72,6%) são pentecostais, enquanto a população negra de umbandistas e candomblecistas não alcança 253 mil pessoas.

Não se pode afirmar que outras igrejas cristãs, além das pentecostais, não têm negros em suas comunidades de fé. A Igreja Católica Romana, é claro, tem o maior número de negros no país, com mais de 55 milhões de afro-descendentes. Entretanto, a maioria dos que professam o catolicismo não freqüenta ativamente a igreja, ao contrário do que acontece com os pertencentes às igrejas evangélicas, que participam de forma efetiva de suas comunidades locais.

Para Marco Davi de Oliveira, autor do livro “A Religião Mais Negra do Brasil”, cristãos negros precisam corrigir concepções preconceituosas sobre as próprias origens. “Creio que muitos evangélicos precisam também aprender a não demonizar a cultura e o jeito de ser negro. Sim, porque a cultura nem sempre é diabólica como acreditam alguns”, explica o pesquisador.

O acompanhamento de dados estatísticos da década de 70 até agora, mostra a grande adesão das comunidades negras ao pentecostalismo. Diferente do primeiro contato com o cristianismo (católico), durante o Brasil colônia e Império, quando os africanos eram forçados à “conversão” e ao batismo; os negros brasileiros experimentam hoje uma perspectiva diferente. Milhares tiveram a oportunidade de conhecer e aceitar Jesus de livre e espontânea vontade e de contribuir para o crescimento do segmento evangélico que mais cresce em nosso país: o pentecostalismo.

Fonte: CPAD News /Gospel Prime

 

Estrela do rap Ja Rule será famoso pastor em filme com TobyMac

O Rapper Ja Rule vai estrelar o filme baseado na fé “I´m in Love with a Church Girl” (Estou Apaixonado pela Garota da Igreja), de um ex-presidiário que hoje é um pastor.

O Rapper Ja Rule estrela em “I’m in Love with the Church Girl,” filme escrito pelo pastor Galley Molina, um ex-presidiário de San Jose, Califórnia. O filme está previsto para ser lançado em 2011.

O filme também é estrelado pela cantora e atriz Adrienne Bailon (integrante do já dissolvido Cheetah Girls), o Cristão convertido Stephen Baldwin e renomado artista da música Toby Mac.

“I’m in Love with a Church Girl,” um filme lançado direto para DVD, foi escrito pelo próprio Pastor Galley Molina, ainda em sua cela na prisão. Ele conta a história de como estava no topo da principal rota do tráfico de drogas, em meados da década de 1990 e como sua vida mudou depois que alguém levou a repensar sobre sua fé.

Ele agora é o pastor de jovens da Igreja Evergreen Valley, em San Jose, Califórnia.

“Em 1996, foi condenado a cinco anos de prisão,” disse ele. “Durante esse tempo, mesmo antes de eu ser preso, eu já estava frequentando a Igreja. Não é que eu fui embora e depois encontrei a Deus. Deus e eu já tínhamos algum tempo juntos. Deus usou isso. E a isso se deve o slogan do filme ‘às vezes Deus usa medidas extremas para lidar com situações extremas.’”

Enquanto ele estava lançando a idéia do filme, os estúdios queriam transformá-la em filme sobre gangues de rua e de violência, disse ele. Mas ele se recusou a usar o glamour do mundo do rap. Ele comentou, “Você provavelmente não vai ouvir hip hop no filme, mas é tudo orquestra de cordas de grandes jovens com lindas canções de adoração.”

Molina está orgulhoso em anunciar que ele montou todo o elenco. Ele afirmou que escolheu tanto Baldwin como Bailon por sua sólida formação cristã e de seus talentos, e ele conhecia Ja Rule de seus tempos de música.

“Ja Rule tem ministrado. Ele é um amigo querido. Estamos orando muito por ele. Ele tem estado aberto, tem sido tão [receptivo] para a palavra,” disse Molina.

Molina também fundou sua própria companhia de produção independente, Reverence Gospel Midia, da qual ele espera lançar dois filmes ao ano com fundamentos de fé. “I’m in Love with a Church Girl” é seu filme de estréia para a empresa.

O pastor de jovens tinha a intenção de contar sua história em um livro, mas decidiu fazer um filme. Ele observou que o filme iria interpor tanto o público secular como o Cristão.

Um rapaz de rua, disse ele, diria: “Nossa, muito bom, gostei, uma história bem legal,” enquanto um Cristão diria “Aleluia Deus, é uma grande história, isso é inspirador.”

“Eu percebi que você não pode estabelecer limites. O povo de Deus é o povo de Deus,” observou.

O filme está previsto para ser lançado em 2011.

Fonte: The Christian Post / Gospel+
Via: Gospel Prime

Cristã paquistanesa será enforcada por blasfêmia

Uma mulher de 45 anos, mãe de cinco filhos, pode ser enforcada nos próximos dias no Paquistão. Asia Bibi, que é cristã, foi condenada na semana passada por ter “ofendido o profeta Maomé” durante uma discussão em junho de 2009.

“Manifesto hoje, de modo particular, a minha solidariedade para com a senhora Asia Bibi e sua família. Peço que lhe seja restituída a plena liberdade, o mais rapidamente possível”, afirmou Bento XVI, que falava na Praça de São Pedro, em Roma.
A situação de Asia Bibi foi também evocada pelo ministro para as Minorias, Shahbaz Bhatti, o único cristão no Governo de Islamabad. Adversário da legislação sobre blasfémias, em vigor desde 1986, Bhatti revelou ontem às agências noticiosas que o Executivo indicara às autoridades locais a “necessidade de se proceder a nova investigação, que cumpra todos os requisitos legais”, o que não sucedeu com aquele de que resultou a condenação. 

Na mesma ocasião, o ministro tornou claro que “deve ser garantida a segurança” de Asia enquanto estiver presa. As execuções extrajudiciais de cristãos são frequentes no Paquistão. Estes são muitas vezes atacados nas ruas por grupos de muçulmanos radicais.

Um recente exemplo destes ataques verificou-se na cidade de Faisalabad, em Julho, quando os irmãos Rashid e Sajid Emmanuel, respectivamente de 32 e 30 anos, foram abatidos a tiro por um grupo de cinco indivíduos ao serem levados, sob custódia policial, do tribunal de volta para a prisão.

Os irmãos Emmanuel eram acusados de terem escritos textos a denegrir a figura de Maomé.

Outra situação frequente é a discriminação das populações cristãs, relegadas para empregos menores ou funções ingratas. A nível local, os cristãos são muitas vezes expulsos, as suas casas destruídas e os seus terrenos ocupados. Segundo grupos de apoio aos cristãos perseguidos, muitos destes são forçados a viverem como refugiados no seu próprio país.

Até hoje, nenhum acusado de crimes de blasfêmia veio a ser executado

O caso de Asia Bibi, habitante da vila de Ittanwali, teve o seu início em Junho de 2009 quando aquela, num dia de trabalho nos campos, se preparava para recolher água de um poço. Um grupo de mulheres impediu-a de segurar o balde do poço, porque, sendo uma “infiel” (designação dos cristãos entre os muçulmanos) era uma “mulher impura”.

Quando Asia Bibi argumentou que o cristianismo era a verdadeira religião, as mulheres acusaram-na de estar a insultar Maomé e, na discussão que se seguiu, alguns homens a trabalhar nas proximidades tentaram agredir a paquistanesa.

Asia Bibi fugiu, mas foi perseguida e muitos dos habitantes de Ittanwali atacaram a sua casa e agrediram-na. No dia seguinte, o imã local apresentou queixa na polícia por blasfêmia, e Asia foi detida.

O juiz que condenou Asia Bibi escreveu na sentença que esta fora justamente acusada de blasfêmia, negando a existência de quaisquer circunstâncias atenuantes no seu caso, segundo o texto do veredicto consultado pela AFP.

O islão paquistanês tem vindo a radicalizar-se desde os tempos do regime militar do general Zia-ul-Haq entre 1978 e 1988. O general apostou na islamização do país numa conjuntura marcada pela invasão soviética do Afeganistão e como instrumento para travar a influência do comunismo na região.

Fonte: Diário de Notícias / Destak