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O amor de Cristo em meio à tragédia de Niterói.

Diante das fortes chuvas e deslizamentos ocorridos na cidade, milhares de famílias perderam suas casas e também familiares e o ‘povo de Deus’ tem se mobilizado para diminuir esta dor que muitos estão sentindo.

A chuva não tem dado trégua ao estado do Rio de Janeiro e a cidade de Niterói é a que registra o maior número de vítimas. Pelo menos 14 mil pessoas estão desabrigadas. As mortes aumentam a cada nova etapa de buscas, o número passa de 180 em todo o estado.

Com o aumento das enxurradas e o risco de novos desabamentos, na tarde de ontem o Prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, decretou Estado de Calamidade Pública no município.

A Pra. Neusa Spínola auxiliar do Pr. Lauro Doriel, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus de Niterói e região, nos contou que no centro da cidade de Niterói a situação é estável, e que o maior problema está nas encostas e nos morros onde estão as comunidades.

A cidade está cheia de lixo e o trabalho dos funcionários da Prefeitura tem sido árduo. A igreja da Graça de Niterói se tornou um centro de arrecadação de roupas e de todo o tipo de alimento, mobilizando não só os membros da igreja, mas a população como um todo. Todo material arrecadado tem como destino o Serviço Social da Prefeitura de Niterói.

A Igreja Bola de Neve, que está situada no bairro Itaipú também está trabalhando em prol das vítimas. O Pr. Zeniel Fabrício Pires líder da Igreja Bola de Neve de Niterói, disse que este é um momento onde as pessoas devem agir como cidadãos e principalmente como filhos de Deus, contribuírem sim com ações e não se esquecendo das orações. O Pr. Zeniel está arrecadando cestas básicas e formou uma equipe de voluntários que estão trabalhando juntamente com o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Regional da Região separando e destinando as doações aos desabrigados.

Os Pastores Márcio de Souza e Renato Vargens da Igreja Cristã Aliança estão encabeçando uma grande ação chamada de ‘Ajude Niterói’.

Com dois pontos de apoio, um deles no bairro do Fonseca e o outro em Pendotiba na região oceânica, alimentos e roupas estão sendo arrecadados e enviados para o Morro do Bumba.

O Pastor Márcio nos informou ainda, que há uma emergência no bairro Maria Paula, onde 50 famílias estão alojadas em uma escola passando frio e fome, pois a defesa civil ainda não conseguiu chegar até lá. Eles já enviaram uma quantidade de leite em pó, e agora os esforços serão destinados para amenizar esta situação.

As pessoas que desejarem participar desta ação podem acessar: HTTP://ajudeniteroi.blogspot.com

Fonte: O Galileio

Marina Silva compara Eleições 2010 com a história de Davi e Golias.

Marina Silva

Resignada com a falta de aliados e o pouco tempo que terá na TV, a senadora Marina Silva (PV-AC) busca forças no confronto entre Davi e Golias e na história de Dom Quixote para encarar a corrida presidencial. Com 8% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, ela admite ter “pouquíssima probabilidade” de chegar ao segundo turno. Mesmo assim, tem invocado a passagem bíblica ao prever o futuro de sua pré-candidatura ao Planalto.

“A luta de Davi contra Golias é uma metáfora. Mas é uma metáfora boa, porque Davi vence no final”, gracejou, no início de sua caravana pelo agreste na semana passada.

Em conversas informais, a senadora deixa claro que vê a petista Dilma Rousseff – e não o tucano José Serra, que lidera a disputa- como o gigante a ser batido nas urnas.

“Já ouvi muito esse discurso: “Seja pragmática. A senhora não tem PAC, não tem Bolsa Família, não tem pré-sal, não tem Minha Casa, Minha Vida”. Mas não sou pragmática, sou sonhadora”, disse, em reunião com empresários pernambucanos.

Em tom de desabafo, Marina reconhece ter ouvido apelos para não trocar uma reeleição certa no Senado – onde já ocupa uma cadeira há 16 anos- pela missão quase impossível de chegar à Presidência na garupa de um partido nanico. Ao justificar a escolha, compara-se a Dom Quixote, o cavaleiro trapalhão de Cervantes.

“A única diferença é que ele duelava com moinhos de vento como se fossem gigantes, e eu duelo com gigantes como se fossem moinhos de vento. Somos igualmente quixotescos”, diz a senadora. “Muita gente não entende por que não quis ficar no Senado. Acontece que a política, para mim, não é essa questão de vida ou morte.”

Diante de interlocutores mais desconfiados, Marina tem relembrado sua biografia para sustentar que vislumbra alguma chance de vitória em outubro. “Tenho que acreditar nisso, porque já venci eleições em condições muito mais adversas. Impossível, não é”, repete, citando suas primeiras campanhas políticas no Acre, pelo PT.

A galeria de exemplos da candidata verde não se limita à Bíblia e à literatura. “Se Mandela fosse pragmático, teria renunciado ao sonho na cadeia. Se Luther King fosse pragmático, não teríamos um negro como presidente dos Estados Unidos”, diz, numa referência ao democrata Barack Obama.

Embora possa parecer ingênuo à primeira vista, o discurso deve ajudar a senadora a ganhar fôlego na disputa, avalia o cientista político Marcus Figueiredo, do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro).”A metáfora do pequeno que enfrenta os poderosos é bem compreendida pela população. Jânio Quadros já usou essa ideia com sucesso”, diz o professor, especialista em pesquisas eleitorais.

Na década de 1950, Jânio se elegeu prefeito e governador de São Paulo com o slogan “O tostão contra o milhão”. O mote embalou vitórias sobre o grupo de Adhemar de Barros, que concorria com mais dinheiro e apoio partidário.

Para Figueiredo, Marina tenta marcar posição como alternativa ao establishment, representado na disputa por Serra e Dilma. “É uma estratégia inteligente, mas não vejo muita chance de que ela ganhe votos com isso. Em geral, os eleitores acabam preferindo os poderosos, por achar que eles têm mais chances de fazer alguma coisa por eles”, avalia.

No papel de Davi, a senadora se esforça para atirar as primeiras pedras na direção da gigante petista. Nos últimos dias, ela deu uma pausa no discurso ambientalista para criticar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), apontado como o maior trunfo eleitoral de Dilma. Resta saber se Serra também entrará em sua mira.

Fonte: Folha

Glória Perez critica Ratinho: “o programa foi um insulto a mim e a todas as mães”

Nesta quinta (8), o “Programa do Ratinho” exibiu a controversa entrevista com Guilherme de Pádua. Foi a primeira vez que o ex-ator falou após ser condenado pelo assassinato de Daniella Perez. A mãe da atriz, a autora Glória Perez, criticou muito o apresentador por dar espaço ao “psicopata”, como ela chama o rapaz. “A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum Ibope, sr Ratinho -que o lucro lhe seja leve!”, escreveu em seu blog, algumas horas depois de a entrevista ter ido ao ar.

Durante sua participação no “Programa do Ratinho”, Guilherme de Pádua contou sobre o tempo em que esteve preso e que hoje é pastor evangélico. O assassino de Daniella Perez também afirmou que foi julgado e pagou pelo que fez e que pensou em pedir perdão à mãe de Daniella. Ao encerrar a entrevista, Ratinho não mostrou simpatia pelo ex-ator e afirmou: “se eu fosse a Glória Perez também não te perdoaria”.

Apesar do desfecho do programa, Glória Perez acredita que Ratinho não convenceu e não aceita sua justificativa para ter entrevistado Guilherme de Pádua. “Esse assassino cruel teve amplo direito de defesa, foi julgado e condenado por homicídio duplamente qualificado no Tribunal do Júri. Portanto, não posso admitir que, 18 anos depois, a título de divulgação pessoal, venha querer fazer seu júri particular no programa do Ratinho”, afirmou.

Glória Perez também disse que entrou em contato com seus advogados para processar Guilherme de Pádua caso ele desrespeite a memória de Daniella Perez.

Fonte: Abril

Igreja Universal processa site de notícias e ganha.

A Igreja Universal do Reino Deus (IURD) ganhou ação movida contra a CMP Comunicação e Assessoria Ltda., responsável pelo site de notícias “Rondoniaovivo.com”, que publicou, em 2007, a reportagem “Chicote de Cristo para os mercadores da fé”. A matéria acusa os integrantes da Universal de extorquirem seus seguidores e usar o dinheiro de doações para “engordar contas bancárias”.

A juíza Rosemeire Conceição dos Santos Pereira de Souza, da 6ª Vara Cível de Porto Velho, capital de Rondônia, julgou procedente a ação movida pela IURD, que pediu indenização por danos morais por ter sofrido, segundo a própria magistrada relatou na sentença, um “profundo abalo em sua moral e imagem como entidade religiosa, diante da publicação irresponsável e sensacionalista do artigo”.

De acordo com a gerente jurídica da Universal, Adriana Guerra, a igreja terá que receber do grupo de comunicação rondoniense R$ 6 mil. “A quantia é insignificante, mas o que vale é a Justiça ter reparado um dano que a IURD estava sofrendo. Além disso, essa decisão abre um precedente contra outras publicações tendenciosas e preconceituosas que são feitas contra a Universal”, disse a advogada.

Fonte: Arca Universal

Evangélico Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, é atração no Programa do Ratinho.

No dia 8 de abril no programa do Ratinho no SBT uma entrevista com Guilherme de Pádua, assassino confesso de Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. Após 18 anos sem falar com a imprensa, Guilherme irá revelar detalhes sobre o crime e como superou o ódio das pessoas.

Ao saber que Guilherme seria entrevistado, Glória Perez demonstrou indignação em postagens no twitter. Ela escreveu sobre o passado do ex-ator e o chamou de psicopata. Em uma postagem ela escreveu: “Psicopatas não têm remorso nem sentimento de culpa”.

A autora também revelou ter descoberto, juntamente com outras pessoas, que Guilherme teria sido “garoto de programa”. Em uma postagem do dia 4 de abril, Glória disse que ser pastor é fim de carreira para psicopatas, se referindo à conversão de Guilherme. “Com todo o respeito aos fiéis iludidos, parece que se tornou final de carreira para psicopatas assassinos virar pastor”, escreveu Glória. “Bem que Jesus podia voltar à terra e expulsar de novo, a chicotadas, esses vendilhões do templo!”.

Em entrevista publicada em 2006 pela Folha de São Paulo, Guilherme de Pádua disse que ao ser preso pensou em se suicidar, porém foi tratado com cordialidade apenas pelos evangélicos que estavam presos. Quando era transferido de presídio ou quando ia a julgamento uma multidão o acompanhava fazendo xingamentos. Guilherme contou na entrevista que o Evangelho foi a sua única saída, pois sempre encontrava pessoas dispostas a pregar o amor e a paz.

Guilherme foi condenado a 19 anos de prisão, porém cumpriu um terço da pena e foi libertado há sete anos. Ao ser liberado voltou para Belo Horizonte, sua cidade natal, e hoje freqüenta a Igreja Batista da Lagoinha e trabalha na informatização do templo.

Fonte: Gospel+

Cerca de 100 mil brasileiros buscam a cura na religião.

Há quase 100 mil pessoas no Brasil que, quando ficam doentes, não procuram um posto médico, nem clínica, nem hospital. Preferem se entregar a religiosos que oram ou rezam por sua cura, ou a curandeiros que dizem receber espíritos pra operar milagres e restaurar a saúde dos que acreditam. Segundo a pesquisa “Um Panorama da Saúde no Brasil – acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008”, divulgada neste 31 de março pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, 97 mil brasileiros costumam procurar seu “serviço de saúde” em cultos religiosos quando precisam de atendimento. Obviamente, este não foi o dado destacado pelos divulgadores oficiais, até porque o número de pessoas envolvidas nesta observação é muito pequeno se comparado com o universo de 139,9 milhões que costumam buscar outro tipo de serviço de saúde. Mas não deixa de ser curioso perceber este número tão expressivo, em termos absolutos, daqueles que costumam, exclusivamente, preferir receber uma oração ou mandinga espiritual do que procurar um profissional. E esse número ficaria ainda maior se incluísse aqueles que declararam que costumam buscar outro tipo de atendimento profissional, mas que não deixam de ir também nos cultos de curas.

A tabela que traz a informação religiosa, intitulada “Características de saúde dos moradores – Tabela 2.9: Pessoas que normalmente procuravam o mesmo serviço de saúde quando precisavam de atendimento de saúde, por tipo de serviço normalmente procurado, segundo os grupos de idade, o sexo e as classes de rendimento mensal domiciliar per capita – Brasil – 2008”, chama de “outros” a opção dos 97 mil brasileiros. Mas, nas explicações finais do relatório, o texto dá um detalhamento maior ao tópico, deixando clara a que tipo de escolha se refere: “outro tipo de serviço (curandeiro, centro espírita etc.) – quando a pessoa tem o hábito de procurar o mesmo serviço que presta atendimento de saúde informal (culto religioso voltado para a cura divina, terreiro de umbanda, centro espírita, pajelança, curandeiro, rezadeira, curiosa, benzedor, pai de santo, entidade espírita, pessoa que presta alguma atividade de atenção à saúde sem ter formação profissional nesta área etc.)”. O relatório ressalta que está excluída desta opção “o serviço prestado por profissional de saúde que atende em consultório, clínica ou posto de saúde mantido por culto religioso”.

Dos que buscam culto religioso ou curandeiro, 50 mil são mulheres, sendo 26 mil com mais de 40 anos. Quando considerado ambos os sexos, 45 mil têm mais de 40 anos e 60 mil tem rendimento menor que um salário mínimo. Os outros serviços de saúde relacionados na pesquisa, e o número de pessoas que buscam neles o atendimento, são: Posto ou centro de saúde (79.422.000, o mais procurado), Consultório particular (26.851.000), Ambulatório de hospital (17.073.000), Pronto-socorro ou emergência (7.088.000), Ambulatório ou consultório de clínica (5.877.000), Farmácia (2.148.000), Ambulatório ou consultório de empresa ou sindicato (1.008.000) e Agente comunitário de saúde (320.000).

Fonte: Agência Soma

Pr. Jabes de Alencar entrega direção da Assembléia de Deus do Bom Retiro ao filho e a mentoria de Silas Malafaia.

Foi decidido nesta terça-feira à noite o rumo da Assembléia de Deus Bom Retiro. Em Assembléia Geral decidiu-se por unanimidade que o pastor Jabes de Alencar deixará a presidência da igreja para se tratar nos Estados Unidos. Dayan Alencar, filho de Jabes, assume interinamente sendo mentoriado pelo pastor e amigo, Silas Malafaia.

A decisão de se afastar da diretoria executiva partiu após problemas de saúde de Jabes. Recentemente o pastor da Assembléia de Deus passou mal durante um evento em Foz do Iguaçu (PR). Em 2008 o pastor e conferencista passou mal e desmaiou em um hotel que estava pregando com princípio de AVC. Devido ao problema colocou um catéter no hospital Albert Einstein em São Paulo.

O estresse acarretou problemas cardíacos e diverticulite. Os outros problemas de saúde não foram divulgados oficialmente. O que se sabe é que Jabes de Alencar está embarcando para os Estados Unidos. Deverá passar um período na casa da filha em Dallas. O afastamento, que segundo o próprio conferencista durará até três meses, é por tempo indeterminado, indicam algumas pessoas.

Na assembléia ficou decidido que Dayan Alencar assumirá interinamente a presidência com desafio de manter o pique durante o afastamento. Ele também responderá juridicamente pelo ministério. Silas Malafaia ministrará durante as quartas feiras e Santa Ceia, dando mentoria.

Fonte: Creio e Gospel Prime

Globo abordará espiritismo em novela e minissérie.

Autora de novela espírita da Globo é católica. Minissérie será estrelada por Selton Mello.

Elizabeth Jhin (foto), autora de “Escrito nas Estrelas”, nova novela das seis da Globo, que trará uma história baseada no espiritismo, é católica. “Acredito na existência de um outro plano”, disse à coluna Outro Canal, assinada por Andréa Michael e publicada na Folha desta quarta-feira (7).

“Estou apaixonada pela busca de entender, em qualquer religião, essa transcendência entre os mundos”, afirma a autora que, com 20 anos de novelas, estreia sua primeira obra solo na próxima segunda-feira.

Em mundos diferentes no núcleo principal da novela, Jayme Matarazzo, na pele de Daniel, e Humberto Martins, como Ricardo, amarão a mesma mulher, Viviane (Nathalia Dill).

Na trama, Viviane irá gerar um filho em reprodução assistida pelo médico Ricardo. O sêmen é de Daniel, que deixou o material congelado antes de morrer em um acidente, que acontecerá no primeiro capítulo.

Minissérie

Além de uma novela espírita escrita por Elizabeth Jhin (Escrito nas Estrelas), a Globo terá, neste ano, uma série sobre o espiritismo, que deverá ser estrelada por Selton Mello. O anúncio foi feito em março, no lançamento da nova programação da emissora de tevê.

A Cura será a primeira série escrita por João Emanuel Carneiro, autor de novelas como A Favorita (2008) e Da Cor do Pecado (2004). Vai tratar da vida de um jovem médico de Diamantina, interior de Minas Gerais, acusado de matar um colega.

Ele descobrirá que tem a capacidade de curar pessoas por meio de cirurgias espirituais. Viverá a dúvida de manter ou não essa atividade e a angústia de saber que a entidade que incorpora é a de um médico assassinado.

A série será semanal. Cada episódio terá história própria, além de uma trama que prossegue ao longo dos capítulos.

A padroeira do Brasil também chega aos cinemas, em dezembro, como coadjuvante de um filme rodado na cidade que abriga o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

O título provisóriodo longa metragem é Aparecida – O Filme. A obra foi dirigida pela cineasta paulista Tizuka Yamazaki.

O longa chega como uma espécie de contra-ataque à onda de filmes espíritas a ser lançados neste ano, na esteira do centenário de Chico Xavier, embora os produtores digam que o projeto tem quatro anos, anterior ao oba-oba religioso.

– O filme tem uma mensagem clara: vamos ter fé. E fé não é católica, espírita, evangélica. Fé é uma coisa mágica – disse o ator Murilo Rosa, no último dia de filmagens, 31 de março.

Fonte: Folha Online/ Diário Catarinense

Se o PL 29 for aprovado, os canais religiosos correm risco.

O PL 29/2007, que altera as regras de TV por assinatura e cria uma política de fomento para o conteúdo nacional, continua um foco constante de polêmicas. A mais recente crise em torno da proposta partiu de um argumento colocado pela Sky, que teria procurado a bancada evangélica da Câmara dos Deputados, uma das de maior peso nas negociações parlamentares, e ponderado que, se aprovado o regime de cotas previsto no PL 29, os canais religiosos corriam o risco de serem retirados de sua programação.

O argumento já havia sido colocado em outros momentos, por vários players. Ao longo desses três anos de tramitação, executivos das TVs pagas mais de uma vez citaram a exclusão de canais como um “efeito colateral” do regime de cotas para o fomento do conteúdo nacional. A tese é simples: se for preciso abrir espaço a mais canais nacionais, o espaço dos canais religiosos será reduzido.

A diferença é que, desta vez, o apelo surtiu efeito. Deputados da bancada evangélica recorreram ao relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), mostrando sua preocupação com a possível exclusão dos canais. E Cunha, que também é evangélico, sensibilizou-se imediatamente.

Vale notar que alguns desses canais religiosos (assim como alguns canais de televenda) inclusive pagam para ser distribuídos na TV paga, e as operadoras os incluem nos pacotes como “cortesia” ao assinante, deixando claro que eles podem sair sem aviso prévio.

Mudança no conceito

A partir daí, o deputado-relator começou a considerar a hipótese de incluir os programas religiosos no conceito de “conteúdo qualificado”, entendendo assim que isso poderia blindar a retirada dos canais, pois este conteúdo poderia ser considerado no cálculo das cotas nacionais. Na proposta em análise, o conteúdo qualificado (onde se aplicam as cotas de fomento) é toda a produção audiovisual com perfil de dramaturgia, excluindo os programas de auditório, conteúdos jornalísticos e religiosos.

Ironicamente, o entendimento dos relatores que sucederam Cunha é que a exclusão desses conteúdos do conceito de “qualificado” servia justamente para protegê-los do cumprimento das cotas. A ideia agora seria o relator Eduardo Cunha suprimir as exceções do conceito, incluindo permanentemente os programas religiosos como “qualificados”.

O assunto, no entanto, ainda não está concluído. O relator ainda não apresentou a nova emenda alterando o conceito e há dúvidas na Câmara dos Deputados se essa alteração não pode ser considerada “de mérito”, o que não é permitido na CCJ. Nessa comissão, só podem ser feitas mudanças na estrutura do texto caso fique comprovado que a proposta, como está, é inconstitucional ou ilegal.


Articulações

Segundo fontes parlamentares, o tema ainda está sendo discutido e um acordo não está descartado. A confusão em torno dos canais religiosos se confunde com outra polêmica nascida na CCJ. Cunha apresentou quatro emendas saneadoras, que suprimem parágrafos das disposições finais e transitórias do projeto, mais especificamente retirando o regime especial de transição das licenças do Serviço Especial de TV por Assinatura (TVA).

Essa exclusão proposta pelo relator desagradou vários grupos de mídia que detém essas licenças, valorizadas nos últimos tempos por conta da digitalização da TV aberta. Anatel e Ministério das Comunicações estudam adaptar as TVAs para permitir a veiculação de TV móvel em equipamentos portáteis. A Anatel chegou a aprovar a adaptação das antigas concessões de TVA para novas autorizações há duas semanas, como uma espécie de “ato de boa fé” para que a transição especial fosse mantida no PL 29. Mas, até o momento, o parecer de Cunha permanece sem alterações, ou seja, com as quatro exclusões propostas.

As pressões em torno do projeto envolvem também a possibilidade de apresentação de um recurso para que a proposta passe por votação em Plenário. Essa estratégia é considerada como um “golpe de morte” no PL 29, já que, envolto em polêmicas, a aprovação rápida do projeto pelo pleno é praticamente impossível. A mesma empresa que procurou os deputados da bancada evangélica estaria articulando o recolhimento das assinaturas necessárias para a apresentação do recurso, segundo interlocutores. Assim, se a polêmica em torno dos canais religiosos não for superada, a bancada evangélica pode tornar-se um bom alicerce para um futuro envio do PL 29 para o Plenário. Mariana Mazza

Fonte: Telaviva