A empresa Pret A Manger tira fast food após reclamações.
Após reclamações de religiosos a empresa, que possui 350 lanchonetes no Reino Unido, havia lançado uma versão de batatas fritas com tempero de tomate picante – baseada no popular coquetel ‘Bloody Mary’, porém sem teor alcoólico – na semana passada.
O nome escolhido para batizar o lançamento causou polêmica e rapidamente gerou críticas de grupos católicos, que o consideraram uma ofensa à mãe de Jesus Cristo.
Um porta-voz da companhia afirmou que a Pret A Manger analisou as reclamações cuidadosamente e decidiu retirar o produto do mercado.
“Não houve muitas reclamações”, afirmou ele. “Porém nossa decisão foi baseada na mensagem por trás dos pedidos de retirada do produto do mercado que recebemos”, acrescentou.
O porta-voz disse ainda que “por causa de um sabor particular de batatas fritas, não queremos que ninguém se sinta ofendido”.
Pedido de desculpas
Em resposta às reclamações, a companhia divulgou uma nota em que se desculpava pela forma como batizou o produto.
“Queremos oferecer nossas desculpas pelo nome como batizamos nossa batata frita. Essa não era nossa intenção.”
“Depois de receber inúmeros comentários iguais aos seus, nosso presidente seguiu sua recomendação e decidiu remover o produto de todas as nossas lojas.”
“Nós vamos doar as batatas fritas restantes para entidades de caridade que apoiamos por todo o país.”
O reverendo Nick Donnelly, diácono da Diocese de Lancaster (noroeste da Inglaterra) e criador do site “Protect the Pope“, foi um dos que reclamaram à Pret A Manger.
Após a decisão tomada pela rede de fast-food, ele escreveu em sua página: “Clive Schlee (CEO da Pret A Manger) e a Pret A Manger merecem nossos agradecimentos por ouvir nossas preocupações como católicos e por agirem rapidamente em remover o produto das lojas.”
Donnelly acrescentou: “Uma das coisas em que precisamos pensar é o que esse incidente diz sobre como defenderemos nossa fé no futuro.”
“Por muito tempo, fomos passivos em relação ao escárnio contra nossa fé e à nossa discriminação como Católicos”, afirmou o diácono.
O catolicismo não é a religião predominante no Reino Unido. Menos de 10% da população do país se considera católica.
Fonte: BBC Brasil