Dados do IBGE revelam predominância do Evangelho entre afro-descendentes

A semana da consciência negra marca um momento de profunda reflexão para a religião que agrega o maior número de negros do Brasil: as Igrejas Evangélicas Pentecostais.

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 11.951.347 negros evangélicos. Desses, 8.676.997 (72,6%) são pentecostais, enquanto a população negra de umbandistas e candomblecistas não alcança 253 mil pessoas.

Não se pode afirmar que outras igrejas cristãs, além das pentecostais, não têm negros em suas comunidades de fé. A Igreja Católica Romana, é claro, tem o maior número de negros no país, com mais de 55 milhões de afro-descendentes. Entretanto, a maioria dos que professam o catolicismo não freqüenta ativamente a igreja, ao contrário do que acontece com os pertencentes às igrejas evangélicas, que participam de forma efetiva de suas comunidades locais.

Para Marco Davi de Oliveira, autor do livro “A Religião Mais Negra do Brasil”, cristãos negros precisam corrigir concepções preconceituosas sobre as próprias origens. “Creio que muitos evangélicos precisam também aprender a não demonizar a cultura e o jeito de ser negro. Sim, porque a cultura nem sempre é diabólica como acreditam alguns”, explica o pesquisador.

O acompanhamento de dados estatísticos da década de 70 até agora, mostra a grande adesão das comunidades negras ao pentecostalismo. Diferente do primeiro contato com o cristianismo (católico), durante o Brasil colônia e Império, quando os africanos eram forçados à “conversão” e ao batismo; os negros brasileiros experimentam hoje uma perspectiva diferente. Milhares tiveram a oportunidade de conhecer e aceitar Jesus de livre e espontânea vontade e de contribuir para o crescimento do segmento evangélico que mais cresce em nosso país: o pentecostalismo.

Fonte: CPAD News /Gospel Prime

 

Um comentário em “Dados do IBGE revelam predominância do Evangelho entre afro-descendentes”

  1. É com uma alegria gigante que leio esta noticia!!!! Primeiro isso segue uma lógica, pois se os de descendência africana (e miscigenados) são grande maioria da população, são a massa dos autenticos brasileiros e uso o termo autênticos, pois infelizmente existem facções em certas regiões que insistem com ideias racista e anti-miscigenação, se vendo como um país a parte, ideia que não contribui em nada para o bem do Brasil…Portanto, se os negros são aqueles que históricamente estão” cansados e sobrecarregados” é natural e ideal que esse publico seja alvo do alcançe da mensagem do evangelho que é a unica mensagen libertadora da alma ,do corpo e da mente.E digo sem medo de errar! Esta terra não pode sarar suas feridas sem passar pela questão racial.Sem corrigir certos conceitos e perdoar o passado sem contudo esquecê-lo,pois um povo sem memória comete os mesmos erros sempre.
    É importante também que se destaquem certos pontos.É muito comum no meio evangélico alguns pastores que sendo conservadores no campo da moral (o que é natural) tendem a ser conservadores em outras áreas como no campo politico-ideológico, alinhando todo seu discurso a ideias conservadoras de direita (as vezes extrema) o que é perigoso e em certas questões, lamentável.Na questão do negro brasileiro por exemplo ALGUNS pastores desde sempre e em geral tiveram opinião alinhada a dos opressores,sejam os escravocratas seja o poder dominante que precisava se esquivar da responsabilidade das consequencias da escravidão,tudo isso, por omissão,covardia ou por concordar equivocadamente com as ideias racistas da época as vezes falsamente baseadas em mentiras cientificas e mitos religiosos.E até recentemente ainda resistem certos pastores ,do tipo que simpatiza com a ditadura militar, que vende a ideia da ” democracia racial brasleira”, de que o Brasil é um paraíso em termos de relações entre as pessoas de “aparência” e etnia diferente.Isso é um discurso imposto pelos militares pois era conveniente a época ,pois, imaginem se no Brasil um movimento como o liderado pelo amado heroi e mártir, o Pastor Martin Luther king se espalhasse por essa nação, imaginem milhões de negros mesmo que pacificamente reinvidicando qualidade de vida e respeito, no mínimo.Para uma ditadura era conveniente que esta parcela do povo continuasse alienada e até provasse de uma fantasiosa sensação de “democracia racial”.
    Quanto ao pentecostalismo, é só estudar a história de tal movimento que se entenderá o quanto ele é revolucionário na destruição de tabus e preconceitos que infelizmente persistem na história norte-americana e os quais não podemos importar.O caráter popular do pentecostalismo é fundamental para sua espanção sem barreiras de qualquer tipo,especialmente a racial.Diferentemente certas igrejas históricas se fecham em seus ciclos sociais ou culturais e parecem não ter a intenção de se expandir em meio ao povo brasileiro, tenho medo que a razão disso não seja o fato de enchergarem “Brasileiros e bRASIlEIROS”,de que por numa visão tacanha e diabólica achem que o evangelho veio para uns e outros não.
    Enfim, racismo além de crime é o principal pecado pois renega o amor ao próximo e impede a propagação do evangelho.NÃO AO RACISMO SIM AO AMOR DE DEUS ENTRE NÓS…AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS E QUE CAIAM AS BARREIRAS!!!!!! ALELUIA ,AMÉM.

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