Ringo Starr não aceita perdão a Beatles e detona Vaticano.

Ringo Starr

O Vaticano pode até ter perdoado – e mesmo elogiado – os Beatles, mas quem disse que eles querem ser perdoados? Pelo menos Ringo Starr, o baterista da mais famosa banda de todos os tempos, acha que não deve nada à Igreja Católica.

“O Vaticano não disse que nós éramos satânicos ou possivelmente satânico – e ainda assim nos perdoou? Eu acho que o Vaticano tem mais a dizer sobre que os Beatles”, disse o músico na terça-feira (13) para a CNN, durante uma entrevista para promover o seu novo disco, “Y Not”, o 15º de sua carreira solo.

Perdão

O polêmico “perdão” da Igreja foi dado em lembrança dos 40 anos do fim do quarteto de Liverpool. O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, fez um tributo aos Fab Four na sua edição deste fim de semana, publicando dois artigos e um cartum na primeira página reproduzindo a faixa de pedestres imortalizada pelo grupo na capa do disco “Abbey Road”.

“É verdade, eles usaram drogas; levados pelo sucesso, tiveram vidas dissolutas”, diz um artigo do jornal. “Até mesmo chegaram a dizer que eram maiores que Jesus”, recorda o texto, lembrando da declaração de John Lennon em 1966 de que enfureceu os católicos de todo o mundo.

“Mas, ao ouvir as suas músicas, tudo isso parece distante e sem sentido”, completa o jornal. “Suas belas melodias, que mudaram a música pop para sempre e seguem nos despertando diferentes emoções, seguem intactas, como pequenas pedras preciosas”.

O jornal ainda lembra que, segundo alguns comentaristas, os Beatles divulgavam mensagens misteriosas, tidas por alguns até como “satânicas”.

Momento conturbado para o Vaticano

A Igreja Católica também está enfrentando diversas denúncias de casos de pedofilia envolvendo membros do clérigo. Para demonstrar a boa-vontade em tratar do problema, o porta-voz do Vaticano já afirmou que o Papa pode receber as vítimas de abusos sexuais. E como forma de apaziguar os ânimos, o diretor do próprio Osservatore Romano indicou que a Igreja Católica administra esta questão “de maneira exemplar”.

Mas não foi o suficiente para acalmar dois escritores britânicos. Richard Dawkins e Christopher Hitchens deram início a uma campanha pedindo a detenção do papa Bento XVI pelos escândalos de pedofilia na Igreja Católica, quando o pontífice visitar o Reino Unido em setembro.

O porta-voz da Igreja ridicularizou a proposta dos ingleses:

“É uma ideia no mínimo bizarra. Parece que a intenção é chamar a atenção da opinião pública. Acho que eles deveriam procurar algo mais sério e concreto antes de respondermos.”

“A visita do papa (à Grã-Bretanha) é um visita de Estado. Seria muito estranho se, durante uma visita de Estado, a pessoa convidada a fazer a visita de Estado fosse detida”, disse ele.

John Lennon – a maior polêmica

“Somos mais famosos que Jesus Cristo”. Com essa bravata John Lennon detonou uma nunca antes vista revolta na América cristã, a mídia conclamando os fãs a queimarem qualquer produto beatle em piras funerárias. A teologia do rock não liga pros dogmas. Lennon teve que se explicar, mas isso só aguçou ainda mais sua língua afiada, e anos mais tarde, ele cantaria que Deus é um conceito pelo qual medimos a nossa dor, na faixa “God”.

Com informações de G1/ Folha de São Paulo

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