Etiópia pondera revelar Arca da Aliança ao Mundo

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Segundo o Patriarca, chegou a altura do mundo ter mais acesso à Arca que, garante, se encontra em bom estado, uma vez que “não foi feita por mãos humanas, mas é uma coisa abençoada por Deus”.
Estará em estudo a ideia de construir um museu onde eventualmente a arca possa ser exposta, mas qualquer decisão teria que passar primeiro pelo Santo Sínodo da Igreja da Etiópia.
Segundo Paulos, uma decisão será anunciada na próxima sexta-feira, informa o portal italiano ADNKronos.
A Etiópia é o país independente cristão mais antigo do mundo, e foi um dos primeiros a adoptar o Cristianismo como religião oficial. A esmagadora maioria dos cristãos pertencem à Igreja Ortodoxa, uma das que se separou da Igreja Universal por altura do Concílio de Calcedónia, e não se encontra em comunhão nem com Roma, nem com as Igrejas Ortoxas bizantinas, como as do Leste da Europa.
Uma tradição muito antiga assegura que a Arca da Aliança foi transportada para a Etiópia por um filho do Rei Salomão e da Rainha de Sabá, e que permanece no país desde então. De facto, as referências à Arca, um objecto central ao culto judaico, desaparecem do Antigo Testamento por volta dessa altura.
Alegadamente a Arca encontra-se numa Igreja situada numa ilha no meio de um lago na cidade de Axum, a antiga capital da Etiópia. É guardada perpetuamente por um monge que apenas é substituído quando morre.
A Arca tem um peso enorme na tradição cristã etíope, e em todas as igrejas do país se encontra uma cópia que é transportada nas procissões religiosas.
Segundo o Antigo Testamento a Arca continha a presença viva de Deus. No seu interior encontravam-se os restos das Tábuas da Lei, as placas nas quais foram inscritos os dez mandamentos, e que Moisés quebrou no chão em fúria quando viu que o povo de Israel tinha construído um bezerro de ouro para adorar.
A falta de acesso à arca impede que a tradição etíope tenha alguma vez sido confirmada ou desmentida, algo que poderá mudar em breve.
Fonte: Renascença.

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