Entrevista Pr. Marco Feliciano a revista enfoque

marco-felicianoMarco Feliciano, 34 anos, é um pregador das massas. Suas cruzadas, que pessoas, já passaram por mais de mil e seiscentas cidades do Brasil e 56 países do mundo. Em cada lugar que passa há relatos de curas, milagres e libertação. A última grande cruzada de fé liderada por Feliciano aconteceu no Ginásio do Mangueirão, em Belém do Pará, e comemorou os 96 anos de sua denominação, a Assembléia de Deus.Natural de Orlândia, interior de São Paulo, Marco Feliciano recebeu o chamado para ser pastor ainda menino. “Se eu não fosse pastor, seria um padre, daqueles bem arretados”, diverte-se. No início de sua carreira, inspirou-se em grandes nomes do evangelismo como Napoleão Falcão, Josué Rodrigues e também no israelense Benny Hinn, segundo ele, um dos homens que mais reúnem multidões pelo mundo.Feliciano não se contentou apenas com o dom que Deus lhe deu. Buscou o conhecimento e se gaba de ter concluído duas graduações em Teologia e um mestrado pelo Instituto Hosana, na Flórida (EUA). Como outros grandes pregadores, também foi alvo de desconfiança. Após deixar seu cargo no departamento financeiro da segunda maior empresa de sua cidade e ficar sem seguro-desemprego, Marco sofreu ao ficar quatro meses sem nenhum convite para pregar.Prestes a completar 13 anos de ministério itinerante, o pastor Marco Feliciano parece não se importar com as críticas. Pelo contrário, diz que está calejado de tantas pedradas. Nesta entrevista, o evangelista das massas fala de seu começo, de sua vaidade e de seu sonho – no próximo ano, pensa em criar uma faculdade teológica pentecostal com seu nome.

ENFOQUE – Quando e como Deus começou a abençoar seu ministério?

MARCO FELICIANO – Essa explosão aconteceu nos últimos seis anos. Eu prego no congresso pentecostal mais conhecido do Brasil, o Gideões, que acontece em Camboriú (SC). Eu ministro desde 1999. Sou o único que participa do Gideões há nove anos. Pregando nesse congresso, que é uma vitrine, criei uma geração. Um menino que me ouvia com dez anos tem hoje 19. Eu o formei. O menino que hoje é pai de família, eu ajudei a formá-lo. Hoje estou na televisão, mas o ministério que o Senhor me deu foi diferente. Eu não fiquei conhecido pela televisão. A TV agregou conhecimento. Sou conhecido porque meus pés já passaram por mais de mil e seiscentas cidades brasileiras.

ENFOQUE – Como você vê as pessoas que reproduzem suas pregações e gestos?MARCO FELICIANO – Não vejo como idolatria. Vejo como uma demonstração de carinho muito grande. Paulo disse: “Sede meus imitadores, assim como sou de Cristo”. Creio que leva um tempo para você sair de algo formatado e criar um estilo próprio. No princípio, eu também era clone de alguém. Cheguei ao ponto de perguntar a Deus a razão de cair alegria na igreja quando eles pregavam e, quando eu pregava, cair tristeza. Deus me revelou que eu não poderia ser eco de ninguém. Teria de ser uma voz. Só que, de eco, a voz leva um tempo para encontrar sua marca. Nem todo o mundo é igual. Cada um tem seu talento. Essa é a beleza do Corpo de Cristo. Não acho errada esta imitação. A pessoa pode começar assim. Que imite os trejeitos e a forma de falar. O que é bom tem que ser copiado.

ENFOQUE – Como se sai de eco para voz? Qual é o processo?

MARCO FELICIANO – A formação ajuda muito. O estudo também. A percepção pessoal conta. Esse líder precisa treinar, ir para a frente do espelho e pregar para si próprio. Ver onde erra e acerta e o que precisa ser melhorado. A pessoa que imita os outros acaba perdendo a personalidade. Caindo no descrédito. O ministério acaba se atrofiando. Até esse processo ter fim, é um tempo de paciência e dedicação.

ENFOQUE – Você já foi vítima de fofoca?

MARCO FELICIANO – Inúmeras. Já me chamaram de adúltero, fornicário, bandido e até de ladrão. Já disseram que eu extorqui igrejas. As pessoas falam demais. A partir do momento em que você se torna conhecido, você é uma vitrine. As pessoas querem jogar pedra, quebrar e arranhar. Não dá ibope falar de quem não é conhecido.

ENFOQUE – Você se considera um homem vaidoso?

MARCO FELICIANO – Eu tenho uma vaidade natural, não excessiva. Gosto de me cuidar, até porque eu me amo. Tenho uma família e minha esposa apóia essas iniciativas. Penso que você pode ser moderno sem ser mundano. Nós passamos daquela fase em que ninguém podia cortar cabelo, se depilar, deixar a barba crescer. A igreja entrou num parâmetro de entender, de fato, a Teologia e descobrir que a santidade começa por dentro e não por fora. Então, você pode ser uma pessoa bela sem extravasar sensualidade, sem despertar a sexualidade das pessoas. Eu me cuido, gosto de me vestir bem, até porque eu represento um povo.

ENFOQUE – Por que, em algumas pregações, o senhor pede que anjos estejam na porta das igrejas?

MARCO FELICIANO – Muitas pessoas criticam essa minha atitude sem saber o fundamento. Quando estive em Angola, na África, para pregar pela primeira vez, fui a convite do Ministério da Cultura, através de uma igreja. Eu tinha 25 anos. Fui com vontade de ver Deus operar, mas não me preparei espiritualmente. Quando cheguei lá, tive um embate espiritual muito grande. Fiquei quatro dias trancado dentro de um quarto. Entrei em desespero. Vi demônios se materializarem na minha frente – aquele continente é possesso pelo ocultismo. No quarto dia, quando me vi abatido por uma batalha espiritual e não sabia o que fazer, pedi orientação a Deus e Ele me disse: “Peça-me os anjos ao redor deste ambiente. Os anjos existem para isso”. A Bíblia diz que anjos são seres ministradores, que ministram em favor daqueles que vão herdar a salvação. A função dos anjos hoje é adorar a Deus e cuidar da igreja.

ENFOQUE – Por que o senhor não ora para que esses mesmos anjos estejam também em outros lugares, como escolas, empresas, casas e até no governo?

MARCO FELICIANO – Eu oro. Mas é que naquele momento, onde estou pregando, preciso de proteção. É uma batalha espiritual. Prego durante 1h30 e, naquele período, acontecem curas divinas, batismo e libertação. Então, toda vez que vou pregar, peço para que Ele cerque o local com seus anjos. Isso está na Bíblia para quem quiser ler. Eu não faço nada além do que está lá.

Só que, quando pedi para Deus enviar os anjos, muita gente me chamou de adorador de anjos. Até alguns pregadores famosos disseram que tinha um garoto adorando anjos por aí. Primeiro: eu sou assembleiano. Segundo: já li a Bíblia mais de 18 vezes. O povo tem que parar de vender as pessoas pelo preço que elas compram. Nosso povo é volúvel, vulnerável acerca da fofoca. O crente é uma bênção para orar, para se consagrar e buscar a Deus, mas é uma tribulação para emprestar boca e ouvidos a Satanás. Todo crente deveria, antes de falar do outro, sondar os rumores para saber se são verdadeiros. Eu acabei ficando queimado em alguns lugares por conta disso.

Pasme você: alguns líderes me chamaram para conversar em particular porque eu tinha pedido ao Senhor que mandasse serafins para a igreja. Se você estudar, vai descobrir que “serafim” significa aquele que arde em fogo. Parar, eu não paro! Agradar a gregos e troianos ao invés de pedir por serafins? Peço a Deus que mande os anjos de fogo. Desde aquele dia nunca mais ouvi crítica desse gênero. É uma batalha espiritual. Todas as noites, quando vou dormir, peço a Deus que coloque seus anjos nas escolas, no governo brasileiro e nas entradas de nosso país.

ENFOQUE – O senhor se considera um fenômeno da pregação nos dias de hoje?

MARCO FELICIANO – Não. Até porque o que eu tenho não é meu, vem de Deus. As pessoas me colocaram esse rótulo porque sou novo e em tão pouco tempo consegui alcançar o coração da massa. Estou na mídia, em DVDs, CDs com mensagens e em um site com mais de quatro milhões de acessos. Um dia preguei no aniversário dos 96 anos da Assembléia de Deus no Brasil e um jornal publicou: “Popas­tor lota estádio”. Eu transmiti a honra e a glória ao Senhor Jesus. Comigo fica só a alegria.

ENFOQUE – Que experiência chamou-lhe a atenção nesses 12 anos?

MARCO FELICIANO – Quando vejo almas se entregando a Jesus, fico emocionado. Estava em Viana, numa província de Angola, terminando uma cruzada com mais de 15 mil pessoas. No final da fila havia pessoas pedindo orações. Lá estava um ancião. Eu perguntei o que ele queria. Ele disse que desejava que eu orasse a fim de que Deus derramasse sobre ele a unção da Palavra, tal como eu a tinha. Tomei um susto. Ele contou que, em seu país, havia uma carência de evangelistas e, embora não soubesse ler ou escrever, sabia guardar textos bíblicos. Isso chamou muito a minha atenção.

ENFOQUE – Quando você não está pregando, o que gosta de fazer?

MARCO FELICIANO – Gosto de assistir a filmes. Sou um cinéfilo. Também gosto de ir ao shopping e sair com meus filhos para jantar. Sou muito divertido. Em casa sou um “palhacinho” (risos). Tenho uma família linda e ela me completa. Não gosto de futebol, apesar de ter vários filhos na fé no esporte. Gosto apenas de ver a seleção brasileira jogando.

ENFOQUE – Depois de ter viajado por todo o Brasil e pelo mundo, o que acredita que ainda falta fazer?

MARCO FELICIANO – Tenho refletido acerca deste tema. Isso tem me gerado uma crise interior. Como evangelista, sou realizado, mas creio que Deus tem outra coisa para mim. Peço a Ele que coloque em mim um pouco do pastorado para que – quem sabe daqui a alguns anos – eu dirija uma igreja. Por enquanto, quero estádios, cruzadas e empresários que tenham visão de Reino para investir. Onde tenho ido, Deus tem me dado multidões. Há muitos anos no Brasil não se levantava um profeta com esta bênção de ter caído nas graças do povo. Eu creio que Jesus me deu isso e não foi à toa. No pró­ximo ano tenho o sonho de construir minha faculdade, como todo pastor americano tem a sua. Quero ter um instituto de teologia pentecostal para deixar para a posteridade.

ENFOQUE – Que mensagem você deixa aos leitores?

MARCO FELICIANO – A mensagem de sempre: sonhe e ouse sonhar. Você nunca irá além dos seus sonhos. O homem é o sonho de Deus encarnado. Basta o homem crer nos seus sonhos e dar a Deus espaço. Lute por eles e não se importe com quem está à direita ou à esquerda. E lembre-se sempre que foi Deus quem o ungiu. A consagração do homem é muito pequenina. O homem não consagra, ele apenas confirma a consagração que vem do céu.

Fonte:http://www.revistaenfoque.com.br

2 comentários em “Entrevista Pr. Marco Feliciano a revista enfoque”

  1. eu acho que voce e um pessoa realista e sincero eu lir todo o seu comentario na revista enfoque continua falando o que voce pensa e que Deus continua te usando e que voce seja sempre essa pessoa abençuada fique na paz de cristo

  2. Olha pr eu gosto muito das suas pregações mas as vezes eu te acho um pouco arrogante na maneira de se referir algumas críticas que lhe fazem te vir pregar no gideões e eu estava com uma colega que nunca tinha ido ha uma igreja evangélica e por convite dos pais resolveu viajar e conhecer o grande congresso (maravilhoso por sinal)ela ficou chateada com algumas palavras que vc disse quando contou que uma irmã mandou vc cortar seu cabelo vc poderia ter sido menos arrogante e ter guardado sua opinião para si e não ter falado em rede mundial pesar as coisas antes de falar é muito bom

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