Ha pelo menos 5 anos tem havido especulação sobre quem poderia substituir o reverendo Billy Graham como o próximo liderevangelistacristãoestimado e de renome mundial. Quando a sua New Yourk Crusade de 2005 foi anunciada como provavelmente sua última, começamos a nos perguntar se alguém poderia arriscar a tarefa. Ou deveria qualquer pessoa fazer isso?
Desde que surgiu no cenário do cristianismo, em meados da década de 1940, Graham nunca deixou sua crença simples de que as pessoas precisam de Jesus. Sua forma de apresentar a mensagem do evangelho de esperança, aceitando a Cristo como Salvador tem tocado milhões de corações.
Graham tem uma personalidade e filosofia que o ajudou a atravessar muitas das maiores fronteiras do mundo.
Nesta foto de arquivo, o reverendo Billy Graham, cruzado Evangelista, em sua turnê na Nova Inglaterra que culminou com um comício na histórica Boston Common em 23 de abril de 1950. Cerca de 50.000 pessoas compareceram ao evento.
Ele falou com Martin Luther King Jr. sobre a reconciliação racial. Ele foi o primeiroevangelistabranco a convidar um pastor Afro-americano para viajar com ele (Howard S. Jones).
Graham foi capaz de viajar para trás da Cortina de Ferro e falar com os dirigentes soviéticos, quando a queda da cortina era apenas uma esperança brilhando nos olhos da América. Ele tem sido um conhecido que se tornou amigo ou conselheiro espiritual de vários presidentes dos EUA.
Francesca Stavrakopoulou é ateia, mas fez doutorado de teologia na Universidade de Oxford, Inglaterra, e hoje é professora do departamento de Teologia e Religião na Universidade de Exeter e apresenta semanalmente uma série produzida pela BBC chamada Os Segredos Escondidos da Bíblia.
Em um episódio do programa a inglesa afirmou que Deus teria uma esposa, pois os antigos israelitas pensavam que o seu Deus Yahweh [Jeová] foi casado.
Segundo a pesquisadora, as primeiras versões da Bíblia apresentavam uma deusa da fertilidade, Aserá, como a possível companheira de Deus. Mas essa não é uma ideia nova. Em 1967, o historiador Raphael Patai já defendia que os antigos israelitas adoraram tanto Yahweh quanto Asherah (Aserá, em português).
Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.
Depois de ser vocalista de uma banda, considerada a melhor banda de rock da década de 90 no Brasil, Raimundos, o cantor Rodolfo Abrantes está lançando um DVD que conta o seu testemunho de como se converteu para Cristo.
“Estou lançando um DVD com meu testemunho … bem mais completo do que eu poderia relatar em uma única ministração,” informou Rodolfo Abrantes ao The Christian Post.
O ex-cantor da banda Raimundos, que já foi viciado em drogas, falou sobre o problema das drogas, afirmando que é um “problema mundial.” Mas contou como saiu disso.
“Com tudo globalizado, a raíz do problema é praticamente a mesma em todo lugar. A insatisfação parece ser algo comum em todo usuário. Só Deus nos satisfaz por completo, portanto a solução é se encher Dele.”
Ele afirmou também que está finalizando seu quarto CD de música, que deve ficar pronto ainda no primeiro semestre. O cantor hoje dedica suas músicas para louvar a Deus, afirmando se sentir livre e empaz com seu estilo, que mantém o rock, porém com conteúdo cristão adoração a Deus.
“Tenho que entender que meu chamado para essa geração é mais importante do que a aceitação do meio religioso.”
A imagem de padres ou pastores mais rechonchudos ou que visitam os membros da igreja só para comer é bastante comum no meio religioso. Desde o Antigo Testamento, a Bíblia alertava os fiéis sobre os perigos da gula. A relação com os alimentos é intensa no Livro Sagrado: comer um fruto expulsou o homem do Paraíso, o maná salvou os hebreus da fome durante o Êxodo, Jesus comparou seu próprio corpo com o pão, o céu é descrito como um lugar onde haverá um banquete etc. Contudo, comer após ter saciado a necessidade do organismo deturpa a alma, afirmavam os profetas.
Numa sociedade em que a obesidade já é considerada epidemia mundial, como resistir às tentações das redes de fast food, dos restaurantes refinados, dos pães e doces exibidos em prateleiras provocativas? Entupir-se de guloseimas, porém, pode não ser uma afronta tão grande aos céus.
Professor de sociologia da Universidade de Purdue, Kenneth Ferraro publicou em 1998 um estudo sobre saúde, religião e os dados do Censo. Sua conclusão é que as pessoas com maior envolvimento religioso tendem a ser mais obesas. ”As igrejas americanas praticamente silenciaram sobre o excesso de peso de seus membros, apesar de a Bíblia recomendar moderaç
ão em todas as coisas”, disse ele.
Estudo apresentado recentemente numa conferência da Associação Americana de Cardiologia mostra novamente que os jovens que frequentam cultos religiosos ao menos uma vez por semana têm uma probabilidade 50% maior de apresentar obesidade na idade adulta. Depois de analisar fatores como sexo, idade, raça, escolaridade, renda e índice de massa corporal, 32% dos que frequentam os cultos se tornaram obesos depois dos 50 anos, enquanto apenas 22% das pessoas que frequentam menos a igreja se tornaram obesas.
Matthew Feinstein, da Universidade Northwestern, em Chicago, fez um estudo que acompanhou durante 18 anos 2.433 homens e mulheres que participam ativamente em sua igreja, com idade de 20-32 anos. Sua tendência em ser obeso (IMC> 30) na meia-idade chamou atenção. ”Não sabemos exatamente por que a participação frequente nas atividades religiosas está associada ao desenvolvimento da obesidade, mas o resultado nos ajuda na prevenção”.
Donald Lloyd-Jones, o principal autor do estudo, declarou: “A obesidade é a epidemia de grandes proporções que preocupa a população de várias partes do mundo. Sabemos que as pessoas obesas tendem a desenvolver doenças cardíacas, diabetes, além de certos tipos de câncer. Consequentemente, morrer mais jovens. Precisamos usar todas as ferramentas possíveis para identificar os grupos de risco e oferecer treinamento e apoio para impedir o desenvolvimento da obesidade.
Jones adverte que a descoberta não visa comparar a saúde dos religiosos com a dos não-religiosos. No entanto, os autores ressaltam que outros estudos anteriores já mostraram que pessoas religiosas tendem a viver mais, porque não fumam e não bebem.
Diretor do Program on Religion and Population Health da Universidade de Baylor, Jeff Levin sugere que as tradições alimentares associadas à religião não são saudáveis, com refeições fartas feitas regularmente aos domingos após o culto. Por outro lado, trata-se de uma boa oportunidade perdida de passear no parque com a família e fazer um pouco de exercício físico.
“Os aspectos sociais da prática religiosa quase sempre envolvem comida e festa”, disse o doutor David Katz, diretor e fundador do Cento de Prevenção e Pesquisa da Universidade de Yale.
Muitos especialistas em dieta acreditam que uma mudança de atitude entre as pessoas religiosas também pode estar por trás dessa correlação: “Outra explicação possível é que a religião incentiva pensar na vida após a morte e possa, desse modo, tirar um pouco o foco das metas de saúde do presente”, disse Katz.
Perguntado sobre o assunto, o pastor Steve Willis, da Primeira Igreja Batista em West Virginia, explica: “Podemos falar sobre todos os tipos de pecado na igreja, mas não falamos sobre o pecado de não cuidar do templo que Deus nos deu”. Para ele, a igreja Batista encoraja os fiéis a praticar exercícios e ter uma alimentação saudável como um ato de adoração. “É importante que os cristãos cuidem de seus corpos, pois eles pertencem a Deus”.
O pastor Jay Richardson, da Highland Colony, também abordou a questão da obesidade dentro da igreja por meio de uma série de sermões: ”De alguma forma, temos uma espécie de ‘divórcio’ a partir de nossa vida espiritual quando pensamos sobre nossa saúde e comer tudo o que queremos. Devemos honrar a Deus com nossos corpos, pois eles não são para nossa satisfação e sim para a glória de Deus”.
Rick Warren, famoso autor e pastor da igreja de SaddleBack na Califórnia, recentemente iniciou uma campanha para a prática de um regime baseado no livro de Daniel. Seu objetivo é o de influenciar os membros a fazer como ele e seguir uma dieta rigorosa, procurando perder peso e ter uma alimentação mais saudável.
A Igreja Renascer em Cristo lança, no próximo dia 26 de março, em parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), a Bíblia da Mulher de Bem com a Vida, a primeira bíblia publicada no país com comentários de uma mulher, a Bispa Sonia Hernandes. A Bíblia reúne o já consagrado trabalho da Sociedade Bíblica do Brasil e a indiscutível experiência pioneira da Bispa Sonia Hernandes, a primeira Bispa do país, uma das mulheres mais bem sucedidas em seu papel de mãe, esposa e serva de Deus.
A versão das Escrituras Sagradas será revista e atualizada (RA) e contará com 52 pensamentos da Bispa, um para cada semana do ano. “São experiências, histórias e aprendizados em vitória de mais de 20 anos buscando como ser uma mulher segundo o coração de Deus; além de renovar a visão feminina no país”, afirma a Bispa Sonia.
A ideia surgiu na esteira da Bíblia Apostólica, um projeto grandioso de uma Bíblia comentada com base na visão apostólica dada por Deus ao Apóstolo Estevam Hernandes, que deve ficar pronta no segundo semestre de 2011.
A Bíblia da Mulher de Bem com a Vida traz orações totalmente baseadas na Palavra para os diversos momentos da vida, como dias de crise, de problemas familiares, ministeriais, etc… “Essa coletânea é algo muito precioso porque resume muito do que aprendemos com o Senhor; ao longo de nossa vida ministerial”, afirma a bispa Sonia.
Temas importantes que fazem parte da vida e dos desafios da mulher foram abordados, incluindo casamento, filhos, sonho de amor, solidão, submissão, depressão, crise familiar, crise com Deus, vida financeira, corpo, vida ministerial, a terceira idade, ciúmes, etc. São textos fortes, impactantes que derrubam conceitos religiosos sobre a mulher, apresentando descortinando dentro da palavra como estar De Bem Com a Vida em toda e qualquer situação (Fp 4.12 ).
Em um deles, a Bispa Sonia escreve: “… escuto histórias assim: ‘bispa, eu já estou com esse homem há 15 anos, tenho filhos com ele, sustento a minha casa. Ele vive desempregado, me bate e ainda tem outra mulher. Bispa, ora para ele se converter!’. Não! Eu vou orar para você se converter, para você tomar jeito nessa sua vida! Até quando você vai viver assim? Até que seus filhos sejam molestados também?”
O Apóstolo Estevam Hernandes também contribuiu. Em seu texto chamado “Mulher, Deus quer te usar”, ele afirma: “Deus não fez a mulher inferior ao homem. Deus não faria a mulher para ser um joguete nas mãos dos homens. Tem muita gente confundindo submissão com inferioridade. A mulher tem que ser submissa, mas não pode se submeter a absurdos. A Palavra de Deus diz o seguinte: ‘Mulheres, sede submissas aos seus maridos como ao Senhor’. Se o teu marido não estiver no Senhor, se não for um homem cheio do Espírito Santo e ele não tiver atitudes guiadas pelo Senhor, você não deve se submeter às sujeiras que venham do inferno.”
A Bíblia da Mulher de Bem com a Vida estará à venda em todas as Igrejas Renascer em Cristo e através da internet nowww.igospel.com.br. O lançamento acontecerá no próximo sábado, dia 26 de março, no Renascer Hall.
Serviço Bíblia da Mulher de Bem com a Vida Lançamento: Dia 26.03 às 14h Local: Renascer Hall (Rua Dr. Almeida Lima, 1290) Preço da Bíblia: R$ 110,00 Locais de Venda: Em todas as igrejas Renascer em Cristo e através do sitewww.igospel.com.br
A procuradora da República em Brasília Ana Carolina Araújo Roman investiga se Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus, teve conduta homofóbica em uma audiência pública na Câmara dos Deputados na qual se discutiu o chamado Estatuto das Famílias.
O encontro, realizado em maio passado, foi marcado para discutir mudanças no direito de família. Malafaia fez um discurso contrário à união homoafetiva. Até aí,nenhuma surpresa em relação às posições conservadoras defendidas pelos evangélicos em geral.
Mas Malafaia foi mais fundo. Exagerou. Pegou pesado. Na sessão, o pastor chegou a dizer que se fosse para concordar com a união gay, então que se liberasse a zoofilia e a necrofilia.
No início de fevereiro, Ana Carolina converteu uma investigação preliminar sobre o caso em inquérito por entender que era necessário continuar com as apurações.
O que Malafaia disse na audiência da Câmara:
– Vamos liberar tudo que tem na sociedade. Vamos colocar na lei tudo que se imaginar. Quem tem relação com cachorro, vamos botar na lei, porque tem gente que gosta de ter relação com cachorro. Eu vou apelar aqui, mas tem que dizer, é um comportamento, ué. Vamos aceitar?
– Quem tem relação com cadáver? É um comportamento, vou botar na lei. Ah, se é um comportamento, ué, estão espantados, vão discriminar, ué? É a favor de quê? Então vamos colocar tudo na lei e onde é que vai parar a sociedade brasileira?
dica do Thiago Ferreira de Morais
Texto de Lauro Jardim publicado originalmente no Radar Online
O pastor episcopal anglicano Steve Lawler, da Igreja Saint Stephen, optou por observar a Quaresma de uma maneira incomum. Ele decidiu adotar os rituais do Islã por 40 dias, segundo ele, “para obter uma compreensão mais profunda dessa fé”.
Porém, alguns de seus superiores sentiram-se desconfortáveis e ameaçaram demiti-lo se continuasse com essa experiência. ”Ele não pode ser cristão e muçulmano ao mesmo tempo”, explicou o bispo George Wayne Smith, da diocese episcopal do Missouri. ”Se ele optar pelas práticas dos muçulmanos, estará desistindo de sua identidade cristã e sacerdotal na igreja.”
Lawler, que trabalha em tempo parcial na igreja, não previa esse tipo de problema quando tomou essa decisão. Disse que apenas queria saber mais sobre o Islã, especialmente depois de acompanhar a discussão nacional nos Estados Unidos sobre a radicalização da fé.
Na Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, ele começou a prática do salah cinco vezes por dia, ajoelhando-se em direção a Meca e orando a Alá. Também passou a estudar o Alcorão e adotou os costumes alimentares islâmicos, abstendo-se de carne de porco e de bebidas alcoólicas.
Durante a Semana Santa, ele planejava jejuar do amanhecer ao pôr do sol, como os muçulmanos fazem durante o período do Ramadã. Mas aos olhos do bispo Smith, a tentativa de “imitar” outra religião pode ser vista como algo desrespeitoso. Ele explica: “Uma das formas [de Lawler] continuar sendo um líder cristão é vivenciar o cristianismo e fazê-lo com clareza, não de uma maneira tão confusa”.
Quando perguntado se puniria Lawler se ele continuasse com os rituais, Smith respondeu que sim. E mais, seria obrigado a tirá-lo do cargo.
No entanto, Lawler disse que não tinha intenção de declarar a sua crença na unicidade divina e aceitar Maomé como profeta de Deus. Este é o primeiro dos cinco pilares do Islã, que marca a conversão de alguém ao islamismo.
Os problemas de Lawler, que também é professor adjunto na Universidade de Washington, começaram quando ele publicou um comunicado à imprensa explicando como passaria a Quaresma.
Isso chamou atenção de um repórter que decidiu entrevistá-lo. O pastor acabou explicando que não via nenhum problema em conciliar sua visão episcopal com as do Islã. Explicou também que esperava testar um conceito atribuído a Mahatma Gandhi e abordado por John Dunne em “The Way of All the Earth” [O Caminho de toda a terra]. Segundo o livro, “envolver-se com outra cultura ou religião gera em nós uma nova visão sobre nossa própria cultura ou religião”.
“Poderia apenas sentar e ler material acadêmico sobre o Islã, mas continuaria um passo atrás, por isso decidi ter um encontro pessoal com o islamismo”, disse o pastor Lawler, no escritório da igreja onde está há oito anos. Ele ajudou a criar um programa comunitário nessa paróquia, que inclui dança, aulas de música, debates teológicos, projetos de melhorias para o bairro e um mercado dos fazendeiros. Ele batizou o programa “A Vinha”, porque continua crescendo e tomando rumos novos e surpreendentes. Foi desse modo que ele viu sua aproximação ao Islã.
Nascido e criado em uma família católica, Lawler tornou-se episcopal com pouco mais de 20 anos de idade porque não compartilhava dos pontos de vista conservadores do Vaticano.
“A Igreja Episcopal é bastante aberta”, disse ele. Teria sido bem mais difícil [fazer os rituais islâmicos], “se eu fosse o pastor de uma igreja muito conservadora”. Porém, dois dias depois de iniciar sua “imersão cultural”, Lawler descobriu que a Igreja Episcopal é mais rígida do que ele pensava. Após ouvir a reprimenda do bispo, Lawler desistiu de fazer os rituais islâmicos.
“Gostaria que ele entrasse em contato comigo antes de tomar uma decisão sobre isso”, disse Smith. ”Eu teria lhe dito para não fazer isso. Acredito que ele está tentando mesmo aprofundar a sua compreensão do Islã, e isso é admirável. Mas assim você desonra a outra fé, pois está só fingindo. Você precisa construir pontes, ter um relacionamento real com nossos vizinhos muçulmanos.”
Mohammed Ibrahim, presidente do conselho da Fundação Islâmica de Saint Louis, diz não se ofender por Lawler praticar os rituais islâmicos. ”Acho que essa é uma boa ideia para alguém compreender melhor o que é o Islã. Nós o aplaudimos. As pessoas podem vir e nos observar fazer as orações nas mesquitas e até participar da oração, se quiserem”, explica.
Ibrahim acrescenta que os cristãos poderão se surpreender com algumas semelhanças entre as duas religiões. ”Como a história da Virgem Maria e de Jesus Cristo”, disse ele. ”No Alcorão, há um capítulo inteiro sobre a Virgem Maria.”
Lawler disse que não ficou decepcionado com a reação da Igreja Episcopal. ”É um diálogo. Não me sinto excluído ou censurado. Entendo as preocupações do bispo Smith sobre o que isto significa”, conforma-se.
Depois de tudo resolvido, o pastor decidiu realizar uma série de debates públicos informais em sua igreja, que incluirá um muçulmano, um ateu, uma pessoa “espiritual mas não religiosa” e alguém que “vive uma vida plena e moral, mas sem nenhum fundamento espiritual ou religioso”. Esses encontros começaram esta semana e devem durar até a Páscoa, que marca o final da Quaresma.
A Igreja Presbiteriana Central de Austin, Texas, tem apenas duas regras para os roqueiros que usam seu santuário como parte do festival South by Southwest (SxSW): Não beber e não estragar os vitrais. Fora isso, vale quase tudo.
“Até agora ninguém arrancou a cabeça de um morcego”, brinca o co-pastor Joseph Moore, assegurando que as regras mínimas têm sido obedecidas até agora.
Este é o sexto ano que sua igreja é escolhida para hospedar os concertos oficiais desse tradicional festival realizado no Texas. A 25a edição do SxSW ocorreu de 11 a 20 de março. Além de apresentações musicais, houve uma mostra de cinema. O fato é que a igreja tornou-se um dos lugares mais badalados para se curtir música ao vivo na cidade de Austin.
Os motivos são até óbvios: depois de uma semana vagando pelas ruas e enchendo a cara, a igreja é um dos poucos lugares onde se pode sentar e realmente escutar a música. Sem falar que a igreja construída mais de 200 anos atrás oferece boa acústica, com um som surpreendentemente claro.
“É um dos lugares mais agradáveis em que você poderia assistir a um show”, escreveu a Revista Paste, que cobre o festival.
Além disso, há toda essa dicotomia céu-inferno na cabeça de quem entra ali. O rock and roll tem a reputação de ser a música do demônio. Igreja é ponto de encontro de Jesus, algo impossível esquecer na Presbiteriana Central, que tem uma enorme cruz na parede atrás do palco.
Moore, pastor de 33 anos de idade, veste uma camiseta do Superman e tênis Nike durante a entrevista e afirma que há muito em comum entre a Igreja e a música, não importa o gênero. ”A música… nos aponta para algo maior que nós mesmos”, disse ele. ”Em termos gerais, as igrejas e a religião deveriam fazer o mesmo”.
Ele nunca pensaria em interferir no que os músicos fazem. A igreja não censura canções. Moore disse que só quer ver gente nova entrar na igreja e se divertir. Alguns músicos usam palavras que ele não falaria do púlpito, mas ele não parece se importar. ”Não somos esse tipo estereotipado de igreja, que diz ‘venha pra Jesus ou você vai para o inferno”, disse ele. Este ano foram 7 dias de shows, com 6 a 7 apresentações, começando às 19h e terminando depois da 1h30.
Sua única grande preocupação com o rock tocado nesse lugar santo é o vitral centenário. Embora pareça uma cena de desenho animado, Moore está realmente preocupado que a música seja tão alta que possa estourar os vitrais do santuário. Para evitar isso, limita o número de amplificadores de cada músico. Durante os shows, Moore e outros voluntários do festival andam para cima e para baixo nos corredores, colocando as suas mãos nos vidros para verificar se as vibrações da música profana não estão demasiadamente altas. Em alguns casos, eles já tiveram de pedir para algumas bandas abaixar o volume.
Na Grã- Bretanha, o País de Gales tem o maior percentual de pessoas “sem afiliação religiosa”
Uma pesquisa baseada em dados do censo e projeções de nove países ricos constatou que a religião poderá ser extinta nessas nações.
Analisando censos colhidos desde o século 19, o estudo identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirma não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suíça.
Através de um modelo de progressão matemática, o estudo, divulgada em um encontro da American Physical Society, na cidade americana de Dallas, indica que o número de pessoas com religião vai praticamente deixar de existir nestes países.
”Em muitas democracias seculares modernas, há uma crescente tendência de pessoas que se identificam como não tendo uma religião; na Holanda, o índice foi de 40%, e o mais elevado foi o registrado na República Checa, que chegou a 60%”, afirmou Richard Wiener, da Research Corporation for Science Advancement, do departamento de física da Universidade do Arizona.
O estudo projetou que na Holanda, por exemplo, até 2050, 70% dos holandeses não estarão seguindo religião alguma.
Modelo
A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que tenta levar em conta fatores sociais que influenciam uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.
A equipe constatou que esses parâmetros eram semelhantes nos vários países pesquisados, resultando na indicação era de que a religião neles está a caminho da extinção.
“É um resultado bastante sugestivo”, disse Wiener. ”É interessante que um modelo tão simples analise esses dados…e possa sugerir uma tendência”