A Jordânia voltou a exportar água proveniente do local onde Jesus Cristo foi batizado, no leste do rio Jordão, um século depois de esta exportação ter sido suspensa, informou esta terça-feira um dirigente jordano.
O presidente do organismo governamental “Baptism Site” (Sítio do Batismo), Dai Madani, disse que “as empresas jordanas cumpriram com os requisitos para engarrafar e empacotar a água consagrada”.
Madani acrescentou que, “por razões económicas, a actividade deste negócio esteve limitada ao mercado interno, mas agora está a orientar-se para o mercado internacional, graças às alianças com empresas estrangeiras”.
O responsável jordano sublinhou que passaram mais de 100 anos desde que há registo de vendas de água consagrada do Jordão ao estrangeiro.
“Temos imagens de arquivo, datadas de 1906, que mostram como se enchiam barris de madeira com a água do rio Jordão e se exportavam para os Estados Unidos (EUA) e a Europa, onde a água era utilizada para dar banho às crianças”, acrescentou.
Com a derrota dos otomanos, que tinham o controlo do Jordão, e de outras zonas do Médio Oriente, o lugar do batismo de Cristo foi declarado zona militar e cancelada a exploração da água, antes do início da I Guerra Mundial (1914-1918).
Madani disse que a exportação de água já começou, destinada a EUA, Europa, México, Canadá e alguns países africanos.
Antes de serem exportadas, as garrafas são inspecionadas pelas autoridades jordanas e autorizadas pelas igrejas católica e grega.
O lugar do batismo, localizado a 50 quilómetros a oeste de Amã, é o lugar onde Jesus foi batizado por João Batista.
Em 2009, o papa Bento XVI deslocou-se a este lugar, durante a sua visita a locais de culto na Jordânia, Israel e Territórios Palestinianos.
“Pessoas inteligentes não se tornam cristãs,” pensou, de acordo com Biola University.
Sua visão de mundo, no entanto, começou a mudar aos 31 anos. Ela narra sua jornada do ateísmo ao Cristianismo no recém-lançado Not God’s Type: A Rational Academic Finds a Radical Faith.
“Não é questão de falta de luz encontrar com Deus, depois de tê-Lo negado toda a vida,” escreve ela no livro. “Vir a Ele era apenas o começo. Posso apontar para um dia e hora e local da minha conversão, e, ainda assim, desde então, eu vim a entender que Ele me chama a uma conversão fresca todos os dias.”
Ordway, uma professora de Inglês e literatura em um colégio da comunidade na área de San Diego, não foi suscitada em qualquer fé religiosa. Ela nunca fez uma oração em sua vida e ela nunca foi a um culto na Igreja. Sua exposição ao Cristianismo, enquanto crescia foi mínima e foram poucos os seus encontros com alguns Cristãos envolvidos com tele-evangelismo ou pregadores da condenação do inferno.
“A religião parecia uma história que as pessoas disseram, e eu não tive nenhuma prova em contrário,” disse ela em uma entrevista com a Biola University, onde está atualmente a estudar para segundo mestrado, Apologética Cristã.
Para ela, a Bíblia era uma coleção de lendas e mitos – não são diferentes do que as histórias de Zeus ou Cinderella.
“Eu era uma professora universitária – lógica, intelectual, racional – e um atéia,” escreve ela.
Embora ela não soubesse quase nada sobre o Cristianismo, ela começou a zombar de Cristãos e depreciar a sua fé, inteligência e caráter.
“Era divertido me considerar intelectualmente superior à massa ignorante, supersticiosas e fazer comentários sarcásticos sobre Cristãos,” escreve Ordway.
Ela estava convencida de que a fé era irracional por definição.
Convites evangélicos para “ir a Jesus e obter a vida eterna” soava como “acreditar em algo irracional sob demanda para receber um prêmio.”
“Eu pensei que eu sabia exatamente o que era fé, e por isso recusava-me a olhar mais longe,” escreve ela. “Ou talvez eu estivesse com medo que não havia mais do que eu estava disposto a crer – mas eu não queria lidar com isso. Mais fácil, de longe, lia apenas livros de ateus que me disseram o que eu queria ouvir – que eu era muito inteligente e intelectualmente honesta e moralmente superior aos pobres, Cristãos iludidos.”
“Eu mesmo tinha construído uma fortaleza do ateísmo, segura contra qualquer ataque de fé irracional. E eu vivia nela, sozinha.”
Ordway não estava olhando para Deus. Ela não acreditava que ele existia. Mas ela começou a ser atraída para questões de fé.
Uma razão para seu interesse, ela explica, é que sua visão de mundo naturalista “foi insuficiente para explicar a natureza da realidade de uma forma coerente: não se podia explicar a origem do universo, nem poderia explicar a moralidade.”
“Por outro lado, a cosmovisão teísta foi consistente e poderosamente explicativa: ela ofereceu uma explicação convincente, racional, consistente, e uma lógica para tudo o que a cosmovisão naturalista explicou acrescido de todas as coisas que a cosmovisão naturalista, não podia.”
Após uma série de conversas com um mentor e exposição aos escritos de autores como JP Moreland e William Lane Craig, Ordway parou de negar Deus comprometendo-se a Cristo.
“Fiquei surpresa ao descobrir que o teísmo cristão tinha significativamente melhor poder explicativo do que o naturalismo ateísta, em termos de explicar por que o mundo está do jeito que está, e na contabilização de minhas próprias experiências dentro,” ela contou, segundo a Biola. “Aprender mais sobre a Encarnação e sobre Deus, a Santíssima Trindade, reforçou ainda mais minha confiança de que o Cristianismo, realmente, faz sentido no mundo de uma maneira que nenhuma outra visão de mundo tem.”
Ela descobriu que a “declaração de São Paulo de que o Cristianismo é baseado no histórico, testemunhado nos eventos de morte e ressurreição de Cristo,” que “a teologia e a filosofia oferecem respostas concretas” às suas perguntas e não um apelo à fé cega, e que “A história da Igreja não se conformava com a [sua] imagem da fé cristã como um auto-serviço, uma ficção politicamente útil.”
Seu orgulho intelectual foi quebrado e foi humilhado pela bondade de Deus, como ela começou a ver-se como uma pecadora.
“Eu não acredito porque eu gosto da idéia e quero que ela seja verdadeira. Eu não acredito porque eu acho que o Cristianismo faz sentido intelectualmente (apesar de que foi um alicerce necessário para a minha fé). Na verdade, eu não diria que eu acredito “em Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, ou que eu acredito” ter uma relação pessoal com Ele: Eu diria que eu sei que essas coisas são a verdade,” declarou a ex-atéia enfaticamente em um blog de 2007.
Ordway, atualmente, atende no S. Miguel-by-the-sea no sul da Califórnia, onde ela diz que cresceu na fé cristã. Ela está esperando que seu livro venha a ajudar os Cristãos – que podem estar se familiarizando com as idéias que os ateus acreditam, mas não entendem como é acreditar naquelas coisas – no seu evangelismo.
Oferecendo algumas dicas para aqueles que se aproximam dos ateus, ela disse: “Realmente, não importa se gostamos ou não do Cristianismo, o que importa é o que é a verdade? Essa abordagem pode não ressoar com todos, mas foi o que abriu a porta para mim.”
Além disso, o discipulado é crítica, disse ela.
“Eu acho que um dos elementos centrais do meu próprio discipulado tem sido até agora foco dos meus pastores na cruz,” disse ela na entrevista para a Biola. “O caminho de Jesus é o caminho da cruz. é, terrivelmente, doloroso abandonar seus pecados e vontade própria, para permitir a si mesmo ser crucificado junto com Jesus… e eu tenho sido muito grata aos meus pastores que reconhecem o quão difícil e doloroso pode ser ao longo desta jornada cristã. Mas o caminho da cruz é também o modo de vida e paz.”
A Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA) recebeu diversos pastores homossexuais em cerimônia no domingo (25). A confraternização em São Francisco foi a primeira de uma série que vai acontecer em diversos pontos dos EUA.
Em agosto a Igreja votou pela liberação de pastores gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Os pastores devem manter relacionamentos estáveis e não precisam ser celibatários. No domingo, sete desses novos pastores foram recebidos em uma cerimônia especial na Catedral de S. Mark, em São Fancisco, Califórnia.
Os reverendos John Fryckman e James DeLange, ambos heterossexuais, foram pioneiros na luta pela modificação das regras da igreja.Dois dos novos pastores assumidamente gays já serviam na igreja de São Francisco sob os cuidados deles. Eles consideraram a cerimônia de domingo uma vitória.
No Brasil a ELCA não tem nenhum representante. A Igreja Evangélica de ConfissãoLuterana no Brasil (IECLB) mantém um tipo de parceria e intercâmbio com a ECLA, mas não se pronunciou oficialmente sobre o ministério de homossexuais. O Pastor Victor Linn falou conosco por telefone e explicou que cada “vertente” da Igreja Evangélica Luterana tem uma prática individual, e que a IECLB tem diversos documentos que discutem a questão, mas que nenhum deles é conclusivo.
No começo de julho, líderes da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos também votaram a favor de mudanças em sua política. Ainda não é uma decisão confirmada, pois tem que passar pelo crivo de delegados regionais, mas as chances são grandes. Caso seja aprovada, a Presbyterian Church seria a maior vertente cristã nos EUA a admitirem clérigos homossexuais.
O Instituto do Templo de Jerusalém disse que o plano da Igreja Universal de construir uma réplica monstruosa do Templo de Salomão que custará aproximadamente R$ 360 milhões está sendo “para sua própria gloria.”
A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo controverso Bispo Edir Macedo, anunciou seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A estimativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10. 000 pessoas. O plano também conta com um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos.
“Vai ser sensacional”, disse Macedo, “ Será lindo, lindo, lindo- a coisa mais bonita de todas. O lado de fora será exatamente igual o que foi construído em Jerusalém”.
O Instituto do Templo em Jerusalém vê isso com outros olhos, para eles é “um ato de arrogância voltado para sua própria gloria. Esse plano é uma gozação que vai diretamente contra tudo aquilo que o Templo Santo de Jerusalém representa.”
A Igreja Universal já gastou em torno de R$ 14,4 milhões para importar pedras deIsrael. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o templo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.
O Rabino Chaim Richman do Instituto do Templo escreve, “Nós somos hoje testemunhas de um fenômeno que tenta tirar a legitimidade da relação de Israelcom Jerusalém. Esse plano de construir uma mega igreja representa o próximo passo de tirar toda essa legitimidade de Jerusalém.”.
“A Bíblia ensina que a essência de Jerusalém é a presença de Deus”, disse o Rabino Richman, que continua citando uma profecia do livro de Isaias 2:2 : ”Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.”
“A mega igreja planejada pelo Bispo Macedo”, diz o Rabino Richamn, “é uma usurpação e um abuso ao espaço sagrado e ao conceito de Templo Santo que é representado na Bíblia, e também é uma brusca forma de se apropriar de valores sagrados do Judaísmo. A Divina Presença de Deus não pode ser copiada ou simplesmente usurpada e transportada para outro lugar. Isso não é nada mais que uma tentativa sínica e manipuladora da Igreja Universal do Reino de Deus de encaixar a mensagem universal da Bíblia em sua própria agenda.”
O Instituto do Templo, uma organização religiosa e educacional sem fins lucrativos, é dedicada para cuidar de todos os aspectos dos mandamentos Bíblicos sobre a construção do Templo Santo de Deus no Monte Moriah em Jerusalém. Seu maior foco e esforço é reconstruir o Templo Santo em Jerusalém.
Em 1992, Bispo Macedo ficou onze dias preso por fraude. No ano passado, um processo de São Paulo alegou que Macedo e outro pastor sênior embolsaram bilhões de doações em dólares e usaram o dinheiro para comprar propriedades e carros. Macedo, um defensor da teologia da prosperidade e dono de um jato particular de R$81 milhões, negou as acusações.
Depois da série de confusões e manchetes do ex-casal Mel Gibson e Oksana Grigorieva, a família do ator segue causando espanto.
O pai de Mel, Hutton Gibson, de 91 anos, afirmou em entrevista para o programa de rádio “Political Cesspool” que o papa Bento XVI é homossexual. A informação foi publicada pelo site “TMZ”.
Hutton disse que metade das pessoas da Igreja Católica é “estranha” e que “certamente Bento XVI é homossexual, senão ele não aguentaria isso [pessoas do Vaticano]”. “Ele tem um caráter escorregadio”, disse o pai do ator de “Mad Max”.
Se já não bastassem todas essas acusações, Hutton disse que o “sumo pontífice” faz parte de uma conspiração da Maçonaria para destruir a Igreja Católica por dentro. Detalhe, Hutton é assíduo frequentador do templo católico construído por Mel Gibson em Malibu, na Califórnia.
Strippers de um clube de Warsaw, a quase 100 quilômetros de Columbus, no estado de Ohio (EUA), protestaram no domingo (09/08) em frente a uma igreja, no horário em que as pessoas estavam chegando para o culto, segundo reportagem do jornal “Columbus Dispatch”.
Dono de uma casa de strip, Tommy George organizou o protesto, porque o pastor Bill Dunfee tem ido aos fins de semanas com membros de sua igreja filmar a placa dos carros das pessoas que frequentam os clubes adultos. Em seguida, Dunfee publica os vídeos na internet.
George chegou a processar a igreja, alegando uma violação de seus direitos constitucionais, mas perdeu a ação. Por isso, ele decidiu adotar a mesma tática do pastor.
George disse que eles finalmente aceitaram o convite constante feito por Dunfee. “Os membros da igreja dizem coisas horríveis sobre nós”, disse a stripper Gina Hughes, que participou do protesto.
Gina destacou que ela e as outras mulheres estão trabalhando de forma honesta, para manter suas casas e dar sustento a seus filhos.
A gravadora Sony Music, que estreia na maior feira de negócios do mercado cristão, a Expo Cristã 2010, divulgou as datas de quem estará marcando presença em seu stand.
A Renascer Praise se apresenta de 07 a 11 de setembro; Elaine de Jesus nos dias 08 e 09; Cassiane no dia 09; Banda Resgate de 09 e 12; Rayssa & Ravel e Damares nos dias 09 e 10; Leonardo Gonçalves, Além do Véu e Marcelo Aguiar nos dias 10 e 11; e DJ Alpiste que estará de 07 a 11.
Os artistas de seu cast estarão atendendo às mídias presentes e ao público em sessões de autógrafos e fotos.
Haverá ançamentos entre CDs, DVDs musicais e filmes nacionais e internacionais. A Expo Cristã acontece de 07 a 12 de setembro no Expo Center Norte em São Paulo.
O bispo Edir Macedo deu o primeiro passo para a construção, lançando a pedra fundamental.
Milhares de pessoas estiveram presentes no terreno do Brás, hoje, domingo (08), às 9h30 da manhã, e também às 4:30 da tarde, onde será construída a réplica do Templo de Salomão.
Na concentração realizada pela manhã o bispo iniciou com uma canção, símbolo do Templo, fazendo, em seguida, uma pausa, dizendo que a parte da canção que mais lhe chama atenção é o trecho que fala “…todos que queriam podiam lá entrar…”, dando referência de que todos que quiserem poderão entrar no lugar. Disse também que a pessoa não precisa de ninguém para chegar até Deus. Onde ela estiver pode buscar a Sua presença.
Ele disse que com sinceridade Deus ouve a nossa oração. E isso independe de pecado; Ele ouve a oração da pessoa que tiver sinceridade em seu coração, porque é isso o que agrada a Deus. Por outro lado, a pessoa pode ser religiosa, não fazer mal a ninguém e ainda assim não agradar a Deus por ser fingida e não ser sincera.
O bispo falou ainda sobre a oração de Salomão: “Ouvi a tua oração e a tua súplica que fizeste perante mim…”(1 Reis 9:3) Segundo o bispo, “Deus ouviu a oração sincera de Salomão, mesmo sabendo que lá na frente ele iria se corromper com a idolatria. O seu pecado fez como Deus banisse o Seu povo do lugar em que estava, como já havia dito. E o mesmo tem acontecido com muitos ex-pastores, ex-obreiros e ex-membros, que têm saído da presença de Deus. No entanto, com a construção do Templo de Salomão essas pessoas terão a oportunidade de retornarem para Ele”, explicou.
Além disso, o bispo falou que o que mais glorifica a Deus é quando Ele vê uma pessoa necessitada sendo atendida e sua alma sendo salva.Logo após esta palavra, foi dado início ao primeiro passo para a construção do Templo: o lançamento da pedra fundamental, a primeira pedra das milhares que serão assentadas na construção. Para isso, ele disse as mesmas palavras de Jesus a Pedro: “Também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). “A pedra não é Pedro e sim a fé no Deus vivo”, disse o bispo.
Ele pediu, em seguida, para que as pessoas estendessem as suas mãos e orou: “Essa pedra será aquela que salvará o povo que chegar até o lugar a partir de hoje.”
O bispo continuou explicando que “a Casa de Israel somos nós, o verdadeiro templo do Espírito Santo e o segredo para nos mantermos salvos é nos mantermos no Altar de Deus, na Sua presença”.
E aconselhou a todos ao dizer que “quem quiser paz está no lugar errado, pois o Altar é lugar de guerra”. Além disso, falou sobre pessoas que possuem fé apenas para garantir sua salvação eterna. Porém, para o bispo, há quem tenha fé para conquistar as promessas divinas, visto que na Bíblia há mais de 8 mil promessas relatadas. E é exatamente devido a isso que é “inadmissível uma pessoa viver na miséria, se ela crer em Deus!”, exclamou.
O bispo finalizou profetizando: “nós vamos construir o Templo aqui (em São Paulo) para nos alegrarmos. Os judeus, em Israel, lamentam por não terem um lugar para fazerem seus sacrifícios a Deus, mas todos nós vamos nos alegrar com a construção deste Templo”.
Em seguida, admitiu: “O meu sonho era que todos pudessem ir a Israel, mas isto é praticamente impossível. Se o povo brasileiro não pode ir a Israel, então, vamos trazer Israel para o Brasil”.
Concentração de fé à tarde
Às 16h, o bispo Macedo falou que ele próprio é testemunho vivo de que Deus tem abençoado “aqueles que se entregam de corpo, alma e espírito no Altar de Deus”. Falou que o povo de Deus também tem que ser assim.
Ele orou por todos ali presentes e ministrou a cura sobre os doentes, citando o milagre de Jesus sobre a mulher hemorrágica e disse que a oração que mais gosta de fazer é pedir para que o povo tenha mais maturidade espiritual e não dê importância somente às coisas materiais. Mesmo assim, afirmou que é o povo de Deus quem deve financiar a Sua obra, pois o Seu povo deve ser abençoado em todos os sentidos.
Após isso, ele fez uma oração de busca ao Espírito Santo e encerrou dizendo que a fé é que vai garantir a vitória do povo de Deus com a construção do Templo de Salomão, que será feita para honra e glória do Senhor Jesus.
A última edição da Revista Época traz como destaque uma nova “reforma protestante” inspirada no cristianismo primitivo, um grupo que segundo a revista critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira.
Irani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.
Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais “experientes”.
Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.
Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, ahegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade”. Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.
Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o objetivo de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”
Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”
Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.”
Sites como Pavablog, Veshame Gospel, Irmãos.com, Púlpito Cristão, Caiofabio.net ou Cristianismo Criativo fazem circular vídeos, palestras e sermões e debatem doutrinas e notícias com alto nível de ousadia e autocrítica. De um grupo de blogueiros paulistanos, surgiu a ideia da Marcha pela ética, um protesto que ocorre há dois anos dentro da Marcha para Jesus (evento organizado pela Renascer). Vestidos de preto, jovens carregam faixas com textos bíblicos e frases como “O $how tem que parar” e “Jesus não está aqui, ele está nas favelas”.
A maior parte desses blogueiros trafega entre assuntos tão diversos como teologia, política, televisão, cinema e música popular. O trânsito entre o “secular” e o “sagrado” é uma das características mais fortes desses novos evangélicos. “A espiritualidade cristã sempre teve a missão de resgatar a pessoa e fazê-la interagir e transformar a sociedade”, diz Ricardo Agreste. “Rompemos o ostracismo da igreja histórica tradicional, entramos em diálogo com a cultura e com os ícones e pensamento dessa cultura e estamos refletindo sobre tudo isso.”
Em São Paulo, o capelão Valter Ravara criou o Instituto Gênesis 1.28, uma organização que ministra cursos de conscientização ambiental em igrejas, escolas e centros comunitários. “É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia”, afirma Ravara. “O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar.” Ravara publicou em 2008 a Bíblia verde, com laminação biodegradável, papel de reflorestamento e encarte com textos sobre sustentabilidade.
A então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, escreveu o prefácio da Bíblia verde. Sua candidatura à Presidência da República angariou simpatia de blogueiros e twiteiros, mas não o apoio formal da Assembleia de Deus, denominação a que ela pertence. A separação entre política e religião pregada por Marina é vista como um marco da nova inserção social evangélica. O vereador paulistano e evangélico Carlos Bezerra Jr. afirma que o dever do político cristão é “expressar o Reino de Deus” dentro da política. “É o oposto do que fazem as bancadas evangélicas no Congresso, que existem para conseguir facilidades para sua denominação e sustentar impérios eclesiásticos”, diz ele.