Eles não celebram cultos de terno e gravata, não se importam com o título de pastor e fazem parte de uma blogosfera cristã em franca expansão, na qual comentam temas atuais — que vão de caso Bruno a sexo — sem abrir mão da liberdade de analisar, de forma crítica, as próprias igrejas evangélicas. Renato Vargens, de 42 anos, e Márcio de Souza, de 36, pertencem à Igreja Cristã da Aliança, denominação com três templos e cerca de 450 membros, criada há oito anos em Niterói.
Igreja neopentecostal pós moderna? Ao contrário. O objetivo do grupo seria resgatar os ideais da Reforma Protestante, do século 16.
— A igreja nasceu do desejo de resgatar os princípios da Reforma e não defender as práticas neopentecostais. Assim como Calvino e Lutero, que priorizavam as Escrituras, nossa única regra de fé é a Bíblia. O contato com ela proporciona às pessoas capacidade de reflexão. Não há respostas prontas. Perguntas são importantes — afirma Renato, pastor em Pendotiba.
No top dos blogs
Um dos sete blogueiros mais lidos no meio evangélico, segundo a revista “Cristianismo Hoje”, Renato tem formação religiosa empírica: é escritor — assim como o pastor de Rio do Ouro (São Gonçalo), o psicólogo Cláudio Álvares. Recentemente, ele esteve no Haiti, onde participou de um congresso para 235 pastores locais.
— A internet é uma forma inteligente de comunicar-se com a sociedade — diz Renato, cujo blog chega a registrar 40 mil acessos diários.
Ex-líder do MPC atrai o público jovem
Deus perdoa quem perdeu a virgindade? A pergunta intitula um dos artigos mais comentados do Blog do pastor Márcio de Souza este ano. Único dos três pastores da Igreja Cristã da Aliança com formação teológica, ele foi líder de evangelismo no estado pelo movimento Mocidade para Cristo (MPC). Origem que explica a facilidade para falar com os jovens — inclusive de outras denominações, como Assembleia de Deus e Igreja Batista. Márcio tem 3 mil seguidores no Twitter do blog e 5 mil no seu pessoal.
— O perfil no Fonseca é mais intelectual, com muitos jovens universitários. Há poucos convertidos, mas muitos decepcionados com o rumo das igrejas. A ideia de prosperidade que algumas passam está ligada à teologia do medo e à escravidão do dízimo — diz Márcio.
À esquerda, os fundadores da Renascer, Estevam e Sônia Hernandes. No detalhe, o bispo José Bruno, ex-vice-presidente da Fundação Renascer. O Ministério Público quer que a igreja devolva o dinheiro ao Ministério da Educação.
A Igreja Apostólica Renascer em Cristo está entre as instituições religiosas que mais crescem no país. Fundada na sala da casa de Sônia e Estevam Hernandes, bispa e apóstolo da igreja, tornou-se em 24 anos um conglomerado de mais de 800 templos (espalhados pelo Brasil, por países da América Latina e Estados Unidos), escola, gravadora e emissoras de rádio e TV. Os eventos promovidos pela igreja reúnem milhares de pessoas. Mas, assim como os fiéis, proliferam na Justiça as ações contra a Renascer e seus dirigentes. A última delas vem do Ministério Público Federal (MPF), que acusa a Fundação Renascer, uma entidade assistencial ligada à igreja, de desviar R$ 1.923.173,95 recebidos do governo federal graças a dois convênios celebrados com a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.
Os acordos foram assinados em 2003 e 2004 e previam a alfabetização de 23 mil jovens e adultos e a formação de 620 professores. As dúvidas começaram em 2007, quando auditores da FNDE e da Controladoria-Geral da União (CGU)investigaram a aplicação dos repasses das verbas do Ministério da Educação para ONGs integrantes do programa Brasil Alfabetizado. Ao ser submetida à auditoria, a Fundação Renascer, para justificar gastos, apresentou uma lista de nomes de professores e alunos que teriam participado do programa de alfabetização. A lista não continha, porém, nenhum número de documento, como CPF, que comprovasse a existência das pessoas mencionadas. Foi rejeitada pela auditoria.
O caso foi então remetido para o Ministério Público Federal em São Paulo. A Fundação Renascer enviou ao MPF um cronograma de aulas de educação religiosa – recheado de erros de português – para tentar atestar a existência do curso. O roteiro incluía temas como “conhecer a Bíblia”, “a importância da fé e da fidelidade como filhos de Deus” e “a história de Neemias”. Indicou também testemunhas, que foram ouvidas pelo Ministério Público. Somente duas conseguiram comprovar que houve um curso de alfabetização e mesmo assim para apenas 300 alunos, muito longe dos 23 mil estabelecidos pelos convênios assinados com a FNDE. Outras testemunhas disseram ainda que o dinheiro do convênio depositado na conta da Fundação Renascer era sacado em espécie por pessoas não identificadas. Na ação, o procurador Sérgio Suiama pede que os responsáveis pela Fundação Renascer sejam condenados a devolver à FNDE os R$ 2 milhões relativos ao convênio, percam os direitos políticos por cinco anos e não possam mais assinar contratos com a União.
Documentos apresentados pela igreja para comprovar gastos foram rejeitados por auditoria do governo
“Eles não conseguiram comprovar que o dinheiro da FNDE realmente foi usado para alfabetizar adultos. Mesmo que uma pequena parte tenha frequentado aulas de religião, isso é irregular”, diz Suiama. Segundo Suiama, os temas das aulas mostram que a Renascer pode ter usado verba pública para difundir as crenças da igreja. “O cronograma das aulas de religião complica ainda mais a situação, pois o dinheiro do convênio nunca poderia ter sido usado para promover proselitismo religioso. A Constituição determina que o Brasil é um estado laico, não pode patrocinar nenhuma prática religiosa”, diz Suiama.
O principal alvo da ação do Ministério Público é o deputado estadual bispo José Bruno (DEM-SP), que era vice-presidente da Fundação Renascer e assinou os convênios com a FNDE em 2003 e 2004. Hoje fora da Renascer para montar sua própria igreja, o deputado José Bruno diz que jamais trabalhou no programa de alfabetização da fundação e só assinou os convênios porque os verdadeiros responsáveis, a bispa Sônia (presidente da fundação) e o apóstolo Estevam Hernandes, estavam ausentes. “Eu assinei os convênios porque Estevam e Sônia estavam fora do país”, diz ele. “Eu nunca toquei esse projeto e isso consta inclusive no depoimento de uma testemunha que diz que nunca tratou de assuntos desse programa comigo.” Segundo a CGU, Bruno teria atrapalhado o trabalho dos fiscais que foram verificar o destino do dinheiro dos convênios e evitou fornecer documentos à auditoria.
A Renascer, em nota, refutou “qualquer acusação de malversação de verbas públicas” e disse ter havido “apenas entendimentos errôneos da FNDE com relação a valores”. Disse que alfabetizou mais de 15 mil pessoas e anexou fotos com cenas de salas que supostamente seriam a prova da realização do programa de alfabetização. Quanto ao ensino religioso, afirmou que as cartilhas baseadas em assuntos da Bíblia “trouxeram resultados que superaram outras técnicas”. Disse ainda que as dúvidas levantadas sobre o trabalho da fundação vêm de “denúncias desleais, acusações sem provas” feitas por “pessoas sob suspeição absoluta” que teriam “claros interesses próprios em prejudicar a igreja”.
A bispa Sônia e o apóstolo Estevam foram presos em 2007 ao tentar entrar nos Estados Unidos com US$ 56 mil escondidos em uma Bíblia e um porta-CDs – eles haviam declarado ao Fisco americano que entrariam com apenas US$ 10 mil. Em dezembro do ano passado, eles foram condenados pela Justiça Federal a quatro anos de prisão e multa de R$ 150 mil cada um por evasão de divisas. Apresentaram recurso contra a condenação.
Chegada do Ramadão estimulou oferta de aplicações que ajudam fiéis a manter costumes. Mas há de tudo para todos os gostos e crenças.
As aplicações para telemóveis já são aos milhares e já existiam muitas relacionadas com religião. Mas a fé conheceu um novo impulso com a chegada do Ramadão. Os muçulmanos podem não comer nem beber durante a maior parte do dia, mas nem por isso deixam de estar em contacto com o mundo… e com a tecnologia.
Com o iPhone, multiplicaram-se as aplicações espirituais, a pensar não só em quem pratica o Ramadão, mas também em crentes noutras religiões. Haja fé e basta. A aplicação iPray (eu rezo) é uma das preferidas: conta com duas versões, uma gratuita e outra paga, e lembra o utilizador da hora da oração, tendo em conta o país onde se encontra.
O Android da Google também já entrou na corrida. A aplicação dá informações sobre porque é que determinadas orações são as mais populares. Há ainda um programa que aconselha nomes muçulmanos para os bebés.
Apple e Google oferecem ainda a possibilidade de ouvir o Corão, sem ter de o ler. E, claro, podem ser descarregadas bíblias em todos os formatos e para todas as idades. A bíblia sonora para crianças já conta com mais de 125 mil downloads. Outra aplicação apresenta um guia do peregrino para quem quer percorrer o Caminho de Santiago e presta ainda outras informações em espanhol, galego e inglês sobre a meteorologia e onde dormir.
Existe também um telemóvel interdito a conteúdos que não estejam de acordo com os preceitos da religião Kosher. Mais: impede o utilizador de enviar mensagens aos sábados. Outra aplicação, diz-nos onde comer uma refeição que vá de encontro à nossa religião.
Mesmo para os não crentes, há aplicações que são autênticos testes ao conhecimentos sobre diversas religiões.
Durante a Noite de Poder da última quarta-feira, dia 11/08, que aconteceu ontem no Espaço Renascer, o apóstolo Estevam Hernandes ministrou a palavra baseada no livro de Lucas, capítulo 9, versículo 57, falando sobre o desafio de seguir Jesus Cristo verdadeiramente.
Ele explicou que o maior desafio de nossa vidas é seguir Jesus. “O nosso grande desafio é seguir a Jesus porque não há plano de mídia, nenhum tipo de divulgação, nada favorável que possa nos incentivar a seguir a Jesus. O Senhor Ele tem um nome muito mais conhecido do que todos os nomes. E não há nenhum tipo de verba publicitária para que o nome do Senhor Jesus seja divulgado. Mas porque Ele é Senhor o nome dele é sobre todo o nome”, afirmou.
O apóstolo explicou que existem algumas situações que verdadeiramente impedem a ação do Senhor em nós. “Nem sempre aquilo que é dito é a verdade de nosso interior. Não peça nada por interesse, me siga por amor”. Era comum as pessoas saírem atrás de Jesus por causa de seus milagres, explicou, mas o que tem que nos ligar ao Senhor é o desejo de amá-lo e servi-lo. “Esteja eu bem ou não, eu sirvo a Jesus. Nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Servir a Jesus é a nossa disposição pessoal. E Ele disse que quando nos o seguíssemos, seriamos perseguimos, mas se formos fiéis até a morte receberemos a coroa da vida eterna. Quando você está servindo a Jesus, você está sendo provado.”, disse ele.
Para que possamos seguir a Jesus da maneira que Ele deseja é preciso:
1. Olhar para o futuro que Deus nos preparou. “ Tems que nos desligar das coisas que me ligam às coisas que morreram em minha vida, Não somo coveiro da fé!”, disse o apóstolo.
2. Andar em novidade de vida ;
3. Não viver preso à família, “ não somos mais dependentes emocional e espiritualmente da nossa família. Temos que orar e lutar pela nossos família, mas ela não pode impedir nossa caminhada com Jesus”.
Por muitas vezes, continuou, Satanás faz com que olhemos para trás. “Somos luz do mundo e Sal da Terra, Jesus levanta pessoas que vão a sua frente e não olham para trás”.
Quando obedecemos e seguimos a Jesus, três coisas acontecem:
1. Poder e autoridade contra as obras do diabo. “Eu tenho poder e autoridade contra as mentiras e manipulações. É um prêmio pela tua fidelidade e opção em servir ao Senhor.”
2. Autoridade sobre as cidades. “Aonde eu entrar eu serei diferenciado como servo de Deus. Há uma marca de Jesus em minha vida. Eu sou marcado por Jesus. Jesus já marcou a sua igreja antes que o anticristo coloque as suas marcas sobre as pessoas. Satanás identifica no mundo espiritual. Onde vc entrar vc tem autoridade. Os demônios vão retroceder.”
3. Vivemos a herança do Senhor. “Eu sou herdeiro e co-herdeiro com Jesus Cristo. Seguir a Jesus, ser fiel a Ele vai me levar a viver promessas superiores. Rom. 12. Eu fi separado para viver promessas superiores. O mundo jaz no maligno, Deus está depurando a igreja e aqueles que seguem a Jesus incondicionalmente permanecerão. Vamos receber a confiança do Senhor Jesus e Ele vai dividir mistérios com você. Ele vai te dizer, lança a rede do lado direito e vc vai colher 153 grandes peixes.”
Após a ministração da Palavra, muitas pessoas foram libertas, inclusive pessoas que estavam em suas casas e ligaram para contar os testemunhos de cura.
Inglês decide dividir seus resumos para os textos sagrados com outros seguidores da rede social.
Um cristão dedicado decidiu espalhar a palavra de Deus na rede social Twitter. Ele começou a publicar o primeiro capítulo do Gênesis e, se tudo correr dentro do programado, deve completar a publicação dos 1.189 capítulos no dia 8 de novembro de 2013.
Chris Juby, de 30 anos, que mora em Durham, no interior da Inglaterra, está ganhando popularidade ao “encurtar” as escrituras em posts de 140 caracteres – métrica adotada pelo Twitter. O primeiro post diz: “Deus criou os céus, a terra e todos os seres vivos sobre ela. Ele criou o Homem à Sua imagem, e lhe deu o domínio sobre a terra.”
Juby decidiu publicar a Bíblia no Twitter porque ele queria se concentrar mais na leitura dos textos sagrados e concluiu que um resumo seria de grande ajuda. “Como eu já uso Twitter, achei que era uma boa ideia dividir meus resumos com outras pessoas”, contou ele ao jornal britânico “Daily Mail”.
“A Bíblia está muito imbuída em nossa cultura. Shakespeare e Charles Dickens fazem referências a passagens obscuras da Bíblia. E mesmo assim, as pessoas não costumam ler todos os textos do Livro Sagrado” , afirmou Juby.
“Sei que talvez possa parecer uma coisa estranha o que estou fazendo. Mas eu espero que o meu resumo vá inspirar mais pessoas a lerem a Bíblia. Afinal, um resumo não substitui o texto original.”
“Foi um longo período de namoro, mas soubemos esperar. Tudo acontece de acordo com a vontade de Deus. Soraya é muito querida por nós e cremos que essa parceria será de bênçãos e sucesso”, disse Ana Paula Porto, gerente executiva da gravadora.
A cantora chegou ao Rio na terça-feira com uma agenda cheia de entrevistas, e foi acompanhada durante todo o tempo pela equipe do programa Graça Music Na TV, que registrou cada passo desde sua chegada ao aeroporto do Rio. Graça Music Na TV é exibido todos os sábados, às 17h15, na RIT TV.
Dois canais de televisão muçulmanos do Líbano, incluindo a TV al-Manar, do Hezbollah, anunciaram nesta sexta-feira que desistiram de transmitir um seriado sobre a vida de Jesus depois de receber queixas de cristãos.
O Al-Manar e a TV NBN disseram que selecionaram o seriado para exibir durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, mas que decidiram “deixar de transmiti-lo para prevenir qualquer tentativa de usá-lo de modo negativo.”
O seriado “lança luz sobre Eissa Bin Mariam (Jesus filho de Maria) e sua mensagem divina, que reflete seu sofrimento, sua paixão e seus sacrifícios com toda a glorificação ao longo de sua vida”, disseram os canais em comunicado conjunto.
Jesus é visto pelo islã como profeta reverenciado, mas os muçulmanos não aceitam as crenças cristãs de que ele teria sido filho de Deus, de sua morte na cruz e sua ressurreição. O Alcorão diz que Deus salvou Jesus da crucifixão e o conduziu ao céu.
O Al-Manar e o NBN frequentemente transmitem seriados religiosos durante o Ramadã. No ano passado o Al-Manar transmitiu um seriado sobre a vida do profeta Yusuf, o José bíblico.
O bispo Bechara Rai, presidente da Comissão Episcopal para a Mídia de Massas no Líbano, disse que cristãos fizeram objeções aos eventos “distorcidos” mostrados no seriado sobre Cristo.
“Observamos que os eventos que vimos rapidamente nos 17 episódios que nos foram entregues pelas duas estações estavam totalmente errados, ou parcialmente errados ou distorcidos, ou eram incoerentes com a Bíblia”, disse Rai à Reuters.
“O seriado também nega a divindade de Cristo. Mostra que a pessoa que foi crucificada foi Judas, e não há ressurreição.”
O Líbano tem grandes comunidades de cristãos e drusos, além de muçulmanos sunitas e xiitas.
A música gospel e os eventos relacionados a ela agora fazem parte da lista de movimentos culturais que podem receber incentivos fiscais do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A inclusão do gênero foi determinada pelo projeto de lei 3.193/10, de autoria dos deputados Jorge Picciani e Albertassi, ambos do PMDB, que modificou o texto da Lei 1.954/92 e foi aprovado em discussão única.
Desta forma, os produtores deste tipo de evento terão como obter junto ao governo estadual a autorização para captar recursos, junto a empresas que pagam imposto no estado do Rio de Janeiro, através de renúncia fiscal de ICMS.
A lei, no entanto, determina que os patrocinadores podem destinar à produções culturais apenas 4% do que recolhem anualmente de ICMS. Além disso, a empresa é obrigada a usar dinheiro próprio, não apenas a renúncia fiscal, para patrocinar o evento. Por exemplo: se uma empresa patrocina um evento com R$ 80 mil de dinheiro que seria dado ao governo a título de pagamento de ICMS, é obrigada a dar outros R$ 20 mil de seus cofres.
Segundo Albertassi, a proposta impulsiona uma atividade econômica em ascensão. “Isto permite a consolidação do movimento gospel por meio do mercado, com profissionalização de novos artistas e a realização de outras atividades culturais consagradas, como festivais e passeios turísticos”, afirma. O texto foi aprovado com emenda da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que inclui na lei todos os estilos musicais. O texto será enviado à sanção do governador Sérgio Cabral.
“Wild Bill” (“Bill Selvagem”), acusado de matar ao menos cinco compatriotas no Panamá, detido com sua mulher na Nicarágua em 26 de julho, foi deslocado a prisões panamenhas.
Ele trabalhava, antes, como empresário do setor de turismo, sem ocultar sua admiração por Adolf Hitler. Queria fundar uma igreja de bêbados da qual seria o primeiro “papa”.
Wild Bill havia realizado uma fuga por três países da América Central, iniciada depois que as autoridades panamenhas encontraram os dois primeiros cadáveres enterrados no hotel onde se hospedavam, no paradisíaco arquipélago caribenho de Bocas del Toro.
As autoridades suspeitam que o americano, cujo nome é William Datham Holbert, também assassinou pessoas em outros países e roubou das vítimas o dinheiro que permitiu a ele fazer seus primeiros investimentos ao chegar ao Panamá, há quatro anos.
Wild Bill, 31 anos, fazia amizade com estrangeiros ricos, a quem prometia comprar seus imóveis, mas logo os assassinava e enterrava seus corpos no jardim de seu hotel Villa Cortez, cujo símbolo era uma caveira, segundo os autos do processo.
Wild dizia a seus amigos que fundaria uma igreja, da qual ele seria o primeiro papa, disse Winner, um oficial reformado do Exército americano.
Durante as investigações sobre um dos desaparecimentos, Wild Bill adiantou-se à polícia e fugiu com sua mulher para a Costa Rica, onde conseguiu burlar a perseguição da polícia.
Em 26 de julho, Holbert e sua mulher, Laura Michelle Reese, 27 anos, roubaram uma lancha nesse país e entraram na Nicarágua navegando pelo rio San Juan, onde foram presos por uma patrulha fronteiriça.
Quando os investigadores entraram em “Villa Cortez”, encontraram uma cadela Doberman que não parava de latir sobre um monte de terra no jardim: eram os primeiros restos humanos, que resultaram ser de Hughes. A cadela era a mascote da vítima.
Wild Bill confessou o assassinato de cinco americanos, mas negou responsabilidade no desaparecimento de dois indígenas que trabalhavam para ele, informou a procuradoria.
O casal é acusado de ter matado, além de Hughes, outras pessoas identificadas como Bo Barry Icelar, além de Michael Brown, sua mulher e seu filho.