Após confusão, eleição de pastor Marco Feliciano para presidência de comissão é adiada

PastorMarcoFeliciano_thumb.jpgIndicado pelo seu partido para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) não conseguiu ter o nome ratificado no cargo nesta quarta-feira. A eleição para a mesa diretora do colegiado foi adiada após confusão.

“Vou procurar o presidente da Casa e o líder do PT para colocar a questão. Não tenho condições de fazer a eleição com a comissão nesta situação”, disse o deputado Domingos Dutra (PT-MA), que presidia a sessão.

O adiamento ocorreu após pedidos dos deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Érica Kokay (PT-DF), ex-presidente da mesma comissão. Os dois protestaram contra a indicação de Feliciano, que é pastor evangélico e já externou opiniões consideradas homofóbicas e racistas.

A sessão foi marcada pela presença por muitos militantes da causa em favor dos homosexuais, que gritaram todo o tempo. “O PSC sabia que essa indicação era polêmica “, disse Dutra.

Em seu Twitter, a assessoria de Feliciano afirmou que ele saiu da sessão com “lágrimas nos olhos”, escoltado por seguranças e quase agredido.

Em 2011, Feliciano declarou no Twitter que os “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”. Depois, disse que foi mal compreendido: “Minha família tem matriz africana, não sou racista”.

O pastor diz que não é homofóbico, mas afirma ser contra o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo.

O papel da comissão é receber e investigar denúncias de violações de direitos humanos e discute e vota propostas na área. E é o presidente da comissão quem determina a pauta dos projetos que devem ser votados.

Fonte: Folha de S.Paulo

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