Igreja do Texas vira “Templo do Rock”

A Igreja Presbiteriana Central de Austin, Texas, tem apenas duas regras para os roqueiros que usam seu santuário como parte do festival South by Southwest (SxSW): Não beber e não estragar os vitrais. Fora isso, vale quase tudo.

t1larg.church.sxsw.cnn “Até agora ninguém arrancou a cabeça de um morcego”, brinca o co-pastor Joseph Moore, assegurando que as regras mínimas têm sido obedecidas até agora.

Este é o sexto ano que sua igreja é escolhida para hospedar os concertos oficiais desse tradicional festival realizado no Texas. A 25a edição do SxSW ocorreu de 11 a 20 de março. Além de apresentações  musicais, houve uma mostra de cinema. O fato é que a igreja tornou-se um dos lugares mais badalados  para se curtir música ao vivo na cidade de Austin.

Os motivos são até óbvios: depois de uma semana vagando pelas ruas e enchendo a cara, a igreja é um dos poucos lugares onde se pode sentar e realmente escutar a música. Sem falar que a igreja construída mais de 200 anos atrás oferece boa acústica, com um som surpreendentemente claro.

“É um dos lugares mais agradáveis em ​​que você poderia assistir a um show”, escreveu a Revista Paste, que cobre o festival.

bandofhorsescentralpresmain Além disso, há toda essa dicotomia céu-inferno na cabeça de quem entra ali. O rock and roll tem a reputação de ser a música do demônio. Igreja é ponto de encontro de Jesus, algo impossível esquecer na Presbiteriana Central, que tem uma enorme cruz na parede atrás do palco.

Moore, pastor de 33 anos de idade, veste uma camiseta do Superman e tênis Nike durante a entrevista e afirma que há muito em comum entre a Igreja e a música, não importa o gênero. ”A música… nos aponta para algo maior que nós mesmos”, disse ele. ”Em termos gerais, as igrejas e a religião deveriam fazer o mesmo”.

Ele nunca pensaria em interferir no que os músicos fazem. A igreja não censura canções. Moore disse que só quer ver gente nova entrar na igreja e se divertir. Alguns músicos usam palavras que ele não falaria do púlpito, mas ele não parece se importar. ”Não somos esse tipo estereotipado de igreja, que diz ‘venha pra Jesus ou você vai para o inferno”, disse ele. Este ano foram 7 dias de shows, com 6 a 7 apresentações, começando às 19h e terminando depois da 1h30.

Sua única grande preocupação com o rock tocado nesse lugar santo é o vitral centenário. Embora pareça uma cena de desenho animado, Moore está realmente preocupado que a música seja tão alta que possa estourar os vitrais do santuário. Para evitar isso, limita o número de amplificadores de cada músico. Durante os shows, Moore e outros voluntários do festival andam para cima e para baixo nos corredores, colocando as suas mãos nos vidros para verificar se as vibrações da música profana não estão demasiadamente altas. Em alguns casos, eles já tiveram de pedir para algumas bandas abaixar o volume.

Agência Pavanews, com informações de CNN e Paste.

Via: www.adonainews.com.br

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