Mulher de Kaká fala sobre como seu tornou pastora e a gravação do CD

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Caroline Celico começou a namorar o jogador Kaká, atacante da Seleção Brasileira de Futebol, quando tinha 16 anos. Casaram-se quando a garota, filha da socialite Rosângela Lyra – diretora-geral da marca Dior, no Brasil -, tinha apenas 18 anos. Foi mãe aos 20 e, no ano passado, em mais uma prova de sua precocidade, foi consagrada pastora da Igreja Renascer em Cristo, denominação evangélica liderada por Estevam Hernandes e sua mulher, Sônia Hernandes, casal que já foi preso e investigado por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, entre outros crimes. Estava na época com 21 anos. Em Madri, onde vive com o marido há sete meses, Caroline divide-se entre os cuidados com o filho, Luca, de 1 ano e 9 meses, e o trabalho de pastora. Todos os domingos, ela lê a Bíblia para um grupo de fiéis, composto de brasileiros e estrangeiros. Apesar de casada com uma celebridade, Caroline procura manter-se longe dos holofotes e só aceitou dar esta entrevista, por e-mail, após quase oito meses de conversa via internet. ‘Ainda me sinto tímida quando o assunto é imprensa’, justifica ela.

QUEM: Como foi que você se tornou evangélica?
CAROLINE CELICO: Eu me convidei para ir à igreja com o Kaká (quando começaram a namorar, em 2002), porque ele nunca tinha me convidado nem falado sobre o assunto. Quando comecei a ouvir o que estava sendo falado, gostei muito. Logo quis aprender mais e entrei em cursos bíblicos, teológicos e me aprofundei, por seis anos.

QUEM: Como foi a preparação para ser pastora?
CC: Fazia reuniões com amigas na casa da minha mãe e trabalhava uma semana por mês na igreja em São Paulo. Em 2009, através de provas teóricas e práticas, fui consagrada pastora. Não existe idade certa, pastor é aquele que conduz as ovelhas.

QUEM: Sua mãe é católica praticante. Ela se aborreceu quando você virou evangélica, não? CC: Minha mãe não tem nada contra o que faço e o amor que tenho por Deus. Somos mãe e filha e somos cristãs. Isso é que nos une. Ela é de uma igreja e eu sou de outra, mas isso não nos aborrece. Nós nos respeitamos.

QUEM: A bispa Sônia Hernandes declarou que você desempenhará papel importante na Espanha. Você cuidará de uma nova sede da igreja?
CC: Não importa o local específico, mas, sim, o coração das pessoas que buscam mais de Deus. Por onde for, vou levar a verdade e os segredos da Bíblia. Eu amo ensinar o que tenho aprendido com Deus. Em Madri, reúno pessoas que desejam aprender sobre a Bíblia aos domingos. Tanto brasileiros como espanhóis e estrangeiros.

QUEM: Está gravando um CD de músicas gospel? 

CC: Estou gravando um CD, um projeto que nasceu no meu coração. Mas não posso limitar como gospel, pois são músicas que marcaram minha vida. Chamei a Claudinha (Leitte) porque ela ama a Deus e também porque é uma amiga minha querida que admiro.

QUEM: Como é sua rotina fora do Brasil, com o Kaká tendo que viajar bastante? 

CC: Kaká viaja quase todas as semanas. Eu procuro fazer minhas coisas, adiantar trabalhos para que, quando ele chegue, eu tenha tempo de sobra para dedicar a ele. Acompanho todos os jogos que são em Madri, mas, os que ocorrem fora da cidade, só vou se é uma semifinal ou final ou algum muito importante.

QUEM: São muito assediados em Madri? 

CC: Tenho minha vida normal. Procuro fazer tudo que preciso dentro da nossa rotina e também sair dela de vez em quando, com programas prazerosos em família. O Luca ainda não vai à escola, mas participa de aulas de uma hora, em que ele tem contato com outras crianças. E ir ao mercado é uma coisa que sempre gostei de fazer.

QUEM: O que a maternidade mudou em sua vida?CC: A maternidade me deixou mais amorosa. Comecei a entender melhor as pessoas, o que elas já passaram e a me colocar na posição de cada um. Filhos são o que temos de mais precioso. Quero ter mais filhos, mas não agora.



QUEM: Sente ciúme do Kaká?CC: Não. Há oito anos eu era ciumenta, mas era coisa de menina. Desde que nos conhecemos, ele sempre me deixou muito tranquila, sempre me respeitou e me fez ter confiança através do seu amor.

Fonte: Revista Quem

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