Ser uma bênção em meio a adversidades?

2º Reis – 5 – 0 : 0

A história que quero recontar é bastante conhecida:

II Reis 5:1 Ora, Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; era homem valente, porém leproso.

• Naamã era um homem especial pois possuía o favor de Deus até mesmo contra os Israelitas e possuía o favor do rei de seu país.
• Nem tudo era perfeito – era leproso.
• A lepra em Israel era motivo de exclusão social – “Por todos os dias em que a praga estiver nele, será imundo; imundo é; habitará só; a sua habitação será fora do arraial”. (Levítico 13:46). O que não parece ser o caso na Síria.

II Reis 5:2 Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado presa, da terra de Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.

• Uma menina pequena (sem importância, insignificante).
• Ficou a serviço da mulher de Naamã.

Nós podemos imaginar a situação dessa menina:
1. Longe de casa
2. Tendo de aprender uma nova língua, uma nova cultura
3. Vivendo na incerteza se um dia retornaria à sua família

II Reis 5:3 Disse ela a sua senhora: Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samária! Pois este o curaria da sua lepra.

• Dentro daquela casa ela percebe que nem tudo vai bem
• Naamã é leproso
• Ela compartilha a mensagem de esperança – o profeta do meu Deus pode curar o seu marido.

Conhecemos o restante da história. Naamã desce sete vezes às águas do Rio Jordão e fica totalmente curado da lepra.

Permita-me fazer algumas observações para nós hoje:

1. As adversidades são ocorrências nem sempre provocadas por nós mesmos, mas mesmo não sendo provocadas elas nos levam ao sofrimento e ao experimento da dor.
a. A menina não foi responsável pelo seu cativeiro
b. Foi a miséria e a desumanização da raça humana que a colocou naquela posição.
c. Muitas vezes não controlamos o nosso redor.

2. O desafio que cada um de nós terá de enfrentar é justamente como reagir dentro da adversidade.
a. Podemos reagir de forma vingativa e temos justificativas para tal ato – a menina encontraria aqui a sua vingança.
b. Podemos reagir de forma neutra – eu sofro o meu problema e o outro sofre o problema dela. Cada um na sua..
c. Podemos ser uma bênção mesmo que isso nos seja um grande sacrifício. Ela compartilhou uma informação que aquele homem mesmo rico e poderoso não possuía.
d. “A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio” (Martin Luther King Jr.).

3. A nossa maneira de reagir na adversidade pode transformar o contexto em que vivemos.
a. Naamã ficou curado da sua lepra física
b. Naamã ficou curado da sua lepra espiritual. Ele queria pagar pela sua bênção e o profeta não aceitou. “Ao que disse Naamã: Seja assim; contudo dê-se a este teu servo terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor”. II Reis 5:17
c. Muitas vezes somos levados à adversidade para ali encontrar alguém que de outra forma jamais encontraríamos.
d. Na adversidade nós amamos, porque Deus nos amou primeiro.

4. Nossas ações na adversidade, ainda que não tenhamos consciência delas, poderão ultrapassar aquele momento.
a. A menina abençoou Naamã e sua família.
b. “Se nos voltarmos para Deus, sem nos rebelarmos contra nossa ferida, estaremos permitindo que Ele a transforme em bem ainda maior” (Henri Nouwen).
c. Foi um dos episódios que Jesus usou quando iniciou seu ministério. “Também muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Elizeu, mas nenhum deles foi purificado senão Naamã, o sírio”. Lucas 4:27

Conclusão

A adversidade não abala a sua fé se você conhece o seu Deus. Essa menina conhecia o Deus sobre o qual pregava o profeta Elizeu.

• “No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele”. ECLESIASTES 7 : 14

• “Pois, no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha”. SALMOS 27 : 5

“Tudo o que você fizer de bom não o fará por si mesmo, mas sim, por se permitir em obediência à fé, ser usado pelo amor de Deus” (Henri Nouwen).

Não faça da sua adversidade o seu fim, o seu túmulo, mas permita que na mais difícil, profunda e angustiante adversidade a sua vida seja uma bênção.

Antonio Barro
www.devocionais.com.br

Deixe um Comentário.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.